quarta-feira, 17 de junho de 2020

Ação dos Óleos Essenciais na Consciência Humana

Por Paulo Stekel


Introdução

Atualmente, existem várias hipóteses para explicar a consciência: a hipótese materialista reducionista, a hipótese espiritualista, a hipótese sistêmica e hipóteses mistas. A neurociência geralmente adota a proposta materialista, mas há exceções. O cientista cognitivo canadense Mario Beauregard, por exemplo, é um neurocientista espiritualista, pois acredita que a consciência não é gerada pelo cérebro, não sendo um epifenômeno das atividades neurais, mas um fundamento fora do cérebro. Ainda que seja uma visão dualista da mente e da consciência, há outros teóricos, como o teórico sistêmico húngaro Ervin Laszlo, que entendem a consciência como uma propriedade do universo. Para ele, o universo é informacional. Esta informação se manifesta a partir de um campo original que ele batizou de Campo A ou Campo Akáshico (homenageando os antigos hindus com seu “akasha”, correspondente ao éter na visão europeia). Deste Campo A, a informação universal gera o Campo M ou Campo Manifesto, que é o campo em que nos encontramos. Há, aqui, um certo paralelo entre Campo A e Campo M e a Ordem Implicada e Explicada do físico David Bohm, que foi um discípulo do filósofo indiano Krishnamurti.

A aromaterapia tem se expandido largamente nos últimos anos. Um dos seus ramos mais recentes se chama de “aromaterapia vibracional” ou “aromaterapia energética”, e vai muito além da aromaterapia como um ramo da fitoterapia, pois pretende que as substâncias presentes dos óleos essenciais possuem ação não apenas sistêmica no ser humano (e, também, animais), mas uma ação em seus aspectos emocionais, psicológicos e “espirituais”, termo que aqui adotamos para nos referir aos aspectos da mente e da consciência humana.

Fora do Brasil está aumentando rapidamente a literatura envolvendo Óleos Essenciais e cérebro, mente, consciência, chacras e espiritualidade. Aqui, já temos algumas obras traduzidas, mas pouca coisa escrita por pesquisadores brasileiros. Isso deve mudar nos próximos anos, à medida que a literatura internacional vai sendo traduzida e incentivando pesquisas por aqui.

É fácil encontrar fora do Brasil marcas de Óleos Essenciais que enfatizam os efeitos dos mesmos sobre a consciência humana. Um exemplo é a Aurelia Essential Oils (https://www.aureliaessentialoils.com), que diz na entrada de seu website: a aromaterapia pode desencadear a memória (…). Nossas misturas de óleos essenciais, quando inaladas ou usadas de qualquer maneira, podem desencadear conhecimento e sabedoria que já estão dentro de nós - ocultos e fora de prática. (…) Use essas misturas em sua prática de meditação, estudos espirituais, jornadas e processos para chegar à raiz de qualquer bloqueio e convidar mais luz para sua vida.”

No Brasil, as marcas mais famosas ainda engatinham nesse quesito. Elas sabem da existência dos aspectos vibracionais e energéticos facilitados pelo uso de Óleos Essenciais, mas ainda não se valem disto de modo mais ostensivo na hora de divulgá-los. Centram-se mais em seus efeitos fitoterápicos e emocionais, o que se pode comprovar na divulgação em seus websites. Mas, é uma questão de tempo para que isso mude.

Se a consciência é gerada pela mente, como já se esclareceu, mas a mente extrapola o cérebro e todo o sistema neural, então, pode acessar mais do que imaginamos, e é exatamente isso que propõe a aromaterapia vibracional. Para ela, a mente pode ter três ações além do que pode aceitar a neurociência materialista: preexistência, pós-existência e ação à distância. Para o propósito deste artigo, interessa a análise da ação à distância, pois nos permite teorizar que os óleos essenciais, para além de sua comprovada ação fitoterápica sobre os diversos sistemas do organismo, pode também influenciar a mente e a consciência via olfação (também por massageamento), já que assim, suas substâncias atingem o sistema límbico diretamente. E, como deve ser ali que a expressão de uma mente advinda de um Campo A, como teorizado por Ervin Laszlo, começa a se organizar em uma personalidade e uma consciência de autorreferência, o uso frequente de determinados óleos essenciais pode ser um coadjuvante importante no processo de desenvolvimento da consciência em direção a uma melhor performance, não só do ponto de vista evolutivo neodarwinista, como acreditam os chamados cientistas espiritualistas “evolucionários” (como Carter Phipps), mas também do ponto de vista de uma facilitação de expressão da consciência original a partir do organismo como um todo, o que é crença dos espiritualistas em geral.

Sobre isso, o Dr. Malte Hozzel diz, em “Ensaios sobre Aromaterapia Holística”:

Os aromas têm acesso direto ao sistema límbico. É lá que muito do pré-pensamento ocorre.

Antes de um pensamento ser criado no neocórtex, dentro do cérebro humano, ele é pré-condicionado pelo sistema cerebral mais antigo, que compartilhamos com os macacos e outros animais.

(…) As experiências olfatórias ou “terapia olfatória” com óleos essenciais têm demonstrado que podemos reprogramar nosso pensamento e sentimento de uma forma natural e espontânea. O olfato é o primeiro e o mais antigo dos cinco sentidos, assim como a “linguagem” mais antiga no domínio da vida. As fragrâncias realmente têm esse poder. Elas conseguem nos guiar ao profundo que há em nós.

(…) Os óleos essenciais conseguem reprogramar o cérebro naturalmente. A reação de luta e fuga da amídala no sistema límbico é obstruída. Dor e medo são reinterpretados. Momentos de conforto reaparecem na situação de doença.

Este pré-pensamento de Hozzel é o que Steve Taylor (em “Spiritual Science”) e Fritjof Capra (em “A Visão Sistêmica da Vida”) chamam de cognição, não consciência propriamente dita, termo este reservado apenas ao processo autorreferente que nos faz pensar que somos quem somos (ou quem achamos ser, se dermos um crédito ao Buda). De qualquer forma, a cognição pode ser influenciada por óleos essenciais e, por extensão, a própria consciência nos níveis emocionais, psicológicos, mentais superiores e espirituais, pois estes níveis são desenvolvimentos do processo cognitivo do sistema mente-emoção-corpo, do qual falaremos mais adiante. Mesmo transtornos mais sérios podem ser tratados com óleos essenciais, como é o caso do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), que o Dr. Hozzel recomenda tratar com óleos essenciais como alecrim-verdadeiro, hortelã-pimenta, ylang-ylang, lavanda-verdadeira e coentro (folhas), associados, por exemplo, a meditação, uma técnica que faz com que a consciência saia de sua usual autorreferência e se volte para o interior, aumentando a propriocepção do organismo e diminuindo a fixação no eu construído.

Com esta lógica, podemos concluir que, se os óleos essenciais, por agirem diretamente no sistema límbico, acessam o aspecto cognitivo da mente, que é anterior à formação da consciência de autorreferência, têm entre suas propriedades a capacidade de fazer o organismo como um todo voltar à homeostase ou, como diria o neurocientista português António Damásio, à homeodinâmica, um estado de equilíbrio dinâmico do organismo. No final, isso tudo acaba influenciando a própria consciência de autorreferência, aquela que forma a noção de um eu (este eu é localmente válido, ainda que seja relativo e não existente de um modo absoluto, como ensinava o Buda 2500 anos atrás). 


1 – Uma definição de Aromaterapia Vibracional

Em seu livro Cura Vibracional: revelando a essência da natureza por meio dos óleos essenciais na aromaterapia, Deborah Eidson apresenta uma definição de aromaterapia vibracional bastante abrangente:

A aromaterapia vibracional é um método de cura dos corpos físico, emocional, mental e espiritual que utiliza as propriedades energéticas dos óleos essenciais.

(…) Esse método fornece os meios de cocriação com o Reino das Plantas para que se perceba e se manifeste uma realidade expandida. Os óleos essenciais ajudam a estimular estados energéticos de consciência que abrem novos canais de percepção. Despertar esses estados pode ajudá-lo a descobrir revelações sobre as causas do sofrimento pessoal nesta vida, a curar traumas por meio do aprendizado de suas lições espirituais.

As partes grifadas mostram cinco propriedades vibracionais dos óleos essenciais:

1ª – Eles possuem, além das propriedades fitoterápicas, propriedades energéticas, ou seja, propriedades que, sistemicamente, sensibilizam a mente e a consciência humana, interferindo positivamente no processo de autocura do organismo integral.

2ª – A possibilidade de cocriação com o reino vegetal é uma ideia perfeitamente sistêmica (Fritjof Capra prefere este termo a “holística”, que é o mais antigo), que vê tudo como integrado e criativamente conectado por relações de feedback mútuo (neste sentido, “cocriação” significa que ajudamos a fazer o universo em sua expansão e expressão ao longo do tempo; ele não é considerado algo “pronto”, como querem os partidários de uma visão criacionista simples).

3ª – A expansão da consciência equivale a uma percepção de uma realidade expandida, ou seja, a ação dos óleos essenciais pode ser um realçador de realidades que normalmente não percebemos (outros “planos” ou realidades paralelas, como dizem alguns), sem que tenham ações psicodélicas, como certos tipos de substâncias lícitas e ilícitas.

4ª – A ativação de certos canais de percepção na mente humana que a grande maioria não acessa (telepatia, intuição, precognição, etc.), bem como um aumento da sensibilidade, compaixão e empatia, parece ser algo instigante e promissor no uso dos óleos essenciais, de modo que a pesquisa futura deveria se ocupar deste aspecto.

5ª – Entender as causas do próprio sofrimento, pessoal e coletivo, pode ser algo facilitado pelo uso de óleos essenciais como coadjuvante em outros processos (meditativos, contemplativos, psicoterápicos, espirituais, religiosos, etc.).

Entender cada uma dessas cinco propriedades e conduzir pesquisas a partir delas pode demonstrar que a ação dos óleos essenciais vai muito além da fitoterapia. Isso poderia também ser verdadeiro para outros tipos de fitoterapia? Com certeza, mas a aromaterapia usa substâncias concentradas, de modo que os efeitos dos óleos essenciais são mais pronunciados e identificáveis com mais rapidez, o que ajuda no avanço da pesquisa.


2 – Mente, Consciência e Óleos Essenciais

No seu livro já citado, Deborah Eidson diz que a cura vibracional, incluindo a que utiliza óleos essenciais, não é limitada por restrições de espaço e tempo:

Na verdade, não há barreiras de tempo ou espaço. Denominamos essa percepção expandida de realidade como continuum espaço-tempo. (…) No grande continuum espaço-tempo, Agora é – ao mesmo tempo – passado, presente e futuro. O aprendizado de como extrapolar essa dimensão vem da integração do continuum espaço-tempo com a sua vida, o que diminuirá o controle que o tempo mecânico tem sobre ela. (…) Colapsar o tempo é a habilidade de contemplar o passado e o futuro simultaneamente, no âmbito do Agora.

Esse colapso temporal é uma condição dada por anos de meditação, mas parece que os óleos essenciais certos podem ajudar muito no processo.

Os óleos essenciais também parecem agir no nível dos chacras, vórtices invisíveis que possuem correspondência com o sistema glandular. Neste caso, os óleos interagem com os chacras, fazendo-os precipitar para o nível físico a programação de cura para o organismo como um todo (pois, se crê que todas as disfunções, doenças e mesmo a imunidade e predisposição contra agentes externos vem do nível dos chacras antes de se manifestar biologicamente).

Na verdade, os óleos essenciais agem nos três níveis definidos por Dietrich Gümbel em Fundamentos da terapia holística com óleos essenciais das plantas:

O ser humano como biocosmos compreende três mundos: o mundo do espírito e o mundo das emoções (do latim psyche = alma), ambos se manifestando biologicamente no mundo físico. Assim, o homem é o cidadão desses três mundos, unidos em um só corpo, homogeneamente, como um ser humano integral. Portanto, a pele, nosso órgão límitrofe, embora não tenha somente a função de separar, mas também de unir, pode ser definida como um órgão de consciência porque nos permite “agarrar” a diferença entre o nosso biocosmos e o mundo externo.

Essa ideia da pele como limítrofe com o mundo externo e como um órgão de consciência, é apresentada por outros autores, especialmente teóricos sistêmicos. Quanto aos três níveis citados por Gümbel, usando a visão da neurometafísica sistêmica, chamamos de: mundo da mente (pensamentos), mundo das emoções e mundo do corpo biológico. A consciência humana viria da simultânea percepção integral autorreferente destes três níveis, que se retroalimentam entre si tanto através de input/outputs neurais (tendo o corpo como base e constituindo cognição, não consciência, no entender de Steve Taylor no livro “Spiritual Science”) quanto de inputs/outputs de consciência (tendo como base a consciência não-local, além da cognição, vindo ou indo do Campo A e do Campo M, no entender de Ervin Laszlo). Corroborando isso, Gümbel afirma que a “consciência não está somente fora do corpo, mas também dentro” (op.cit.).

Na mesma linha, Peter & Kate Damian afirmam, em “Aromaterapia – aroma e psique”:

A mente é o mais recente incremento da consciência humana. A consciência humana é a totalidade da nossa percepção, das funções da consciência, dos sentidos e do ser, e ela é maior do que a soma de suas partes. A mente cria as necessidades motivacionais mentais, intelectuais, relativas ao conhecimento e à compreensão. Idealmente, a mente desapaixonadamente observa, qualifica ou modifica o comportamento instintivo e emocional do corpo e da psique, incluindo aquele estimulado ou experimentado pelo olfato. Devido aos seus poderes cognitivos, a mente faz a mediação dos efeitos dos odores, da percepção do odor e da resposta ao odor.

O que eles chamam de “poderes cognitivos” da mente são o que Capra e Taylor chamam de “cognição”, reservando “consciência” para a consciência que Peter & Damian dizem que é “maior do que a soma de suas partes”.

De fato, os óleos essenciais têm ação conhecida sobre o corpo físico, os diversos sistemas do organismo, ação sobre o sistema nervoso, efeitos sobre o estado emocional e, eis a proposta da aromaterapia vibracional, sobre a consciência humana, entendida como algo não-local (no sentido da Física Quântica) que se expressa de modo local não apenas através do sistema neural, mas de todo o conjunto triplo mente-emoção-corpo. E, isso independe de se são administrados isoladamente ou na forma de “sinergias” (administração de vários óleos essenciais em compostos que agem de modo sistêmico e harmônico, sem desestabilizar o organismo), ou mesmo se estas sinergias são horizontais (uso de óleos essenciais semelhantes para uma finalidade específica) ou verticais (uso de óleos essenciais de diferentes grupos funcionais para mais de uma finalidade).

Além disso, Gümbel afirma que “todos os óleos essenciais são estimuladores do crescimento, porque estimulam energia” (op.cit.). Do ponto de vista da aromaterapia vibracional, isso não significa que eles sejam apenas “estimuladores do metabolismo”, como diz Gümbel, mas “estimuladores da consciência”, que não existe tal como a conhecemos fora do conjunto mente-emoção-corpo. Pesquisas neste sentido, se realizadas, devem trazer muito mais informações a respeito. Neste sentido, o efeito “holístico” ou sistêmico dos óleos essenciais é reconhecido por Gümbel:

Cada óleo essencial tem seu efeito holístico e uma função específica que é dirigida a um órgão específico, no qual o óleo exerce o seu efeito principal.


Em “Sinergias Aromáticas”, Jennifer Peace Rhind afirma que os óleos essenciais se dividem em estimulantes, calmantes e harmonizantes. Também, que os óleos estimulantes servem mais aos casos depressivos e os calmantes aos casos de ansiedade. Como a depressão geralmente apresenta um quadro de ansiedade, ambos os tipos de óleos essenciais devem ser considerados em sinergias, sem esquecer que os harmonizantes dão o golpe final no desequilíbrio. Percebem que esta classificação segue a lógica das gunas (qualidades) e doshas do ayurveda (rajas, tamas e sattva; vata, pitta e kapha)? Esta classificação é uma das bases da aromaterapia vibracional.

O efeito que os óleos essenciais têm sobre a mente e a consciência tem sido objeto de estudos recentes, mas os resultados são muito evidentes (como os de Howard Ehrlichman e J. N. Halpern). Por isso, Peter & Kate Damian, em seu livro citado, afirmam que:

(…) os sentimentos induzidos pelos odores (assim como os sentimentos gerados de outra forma) influenciam o conteúdo do pensamento e o processo de pensar, a concentração mental e talvez até mesmo o julgamento racional.

Influenciam, mas não determinam, com certeza. Redirecionam o organismo como um todo para o equilíbrio homeodinâmico (mais uma vez usando um termo cunhado por António Damásio), um equilíbrio que se constitui de idas e vindas aceitáveis dos parâmetros considerados “saudáveis” para o indivíduo. Estes parâmetros não são iguais para todos, mas seguem o histórico de cada organismo, de modo que o aromaterapeuta deve considerar isso ao receitar óleos essenciais para ação coadjuvante em problemas de ordem emocional, sistêmica e para ampliação de consciência.


3 – Óleos Essenciais e seus efeitos sobre as emoções e a consciência

Incluímos aqui uma pequena lista de óleos essenciais e seus efeitos observados sobre as emoções, a psique e a consciência humana. É importante deixar claro que você só deve utilizar óleos essenciais no modo e dosagem correta, o que só pode ser indicado a você por um aromaterapeuta ou um aromatólogo qualificado. Não use óleos essenciais por conta, sem a segurança de profissionais que entendam do assunto.


Alecrim (Rosmarinus oficcinalis): Ótimo para diminuição da ansiedade e de palpitações cardíacas. Acalma o sistema nervoso e é usado em massagens para casos de urticária nervosa. Parece ser um dos óleos mais promissores com ação sobre as emoções humanas (quiçá, em animais também). Do ponto de vista psicológico, o alecrim é estimulante, purificante e protetor, auxilia na meditação e mantém a mente clara e atenta. É associado ao chakra do terceiro olho.

Angélica – raízes (Angelica archangelica): Age sobre o timo e o chacra do coração. Teria ação sobre as capacidades de empatia, compaixão e reconhecimento de nossa responsabilidade com o todo. Para alguns, ajudaria até a lembrar de vidas passadas.

Anis-Estrelado (Illicium verum): Aumenta a intuição, o que ajuda a mudar os padrões e paradigmas viciados. Em extensão, poderia ajudar a ampliar capacidades PSI como telepatia, clarividência, clariaudiência e presciência.

Benjoim (styrax benzoin): Atua como um escudo protetor contra as asperezas da vida. Ajuda a equilibrar os chacras do coração e da base.

Bergamota (citrus bergamia): Restaura, acalma e equilibra. Suas qualidades luminosas e antidepressivas podem ajudar no tratamento do Transtorno Afetivo Sazonal e tem efeito animador nos dias frios e escuros do inverno. É revigorante e tem afinidade com o chacra do coração, aliviando suavemente a tristeza, a depressão e o sofrimento em geral.

Baunilha (Vanilla planifolia): Teria influência direta na mente, alinhando os chacras da coroa, garganta e coração (corpo, fala e mente, na linguagem budista), permitindo uma auto-expressão mais amorosa.

Bergamota (Citrus x bergamia): Tem uma ação sobre estados depressivos, de confusão, não aceitação, repressão e julgamento negativo, aumentando o amor-próprio.

Cajepute (Melaleuca cajuputi): Tem influência sobre a sexualidade e os problemas emocionais ligados a ela, melhorando a autossatisfação e a criatividade. Mesmo nos casos de abuso sofrido, parece favorecer a autocura emocional.

Cálamo – rizomas (Acorus calamus): Parece ter um forte efeito sistêmico, pois ajuda a reconhecer condicionamentos familiares herdados, suas dinâmicas e comportamentos. Assim, melhora quadros de baixa autoestima, comportamento obsessivo, vitimismo e reações defensivas.

Camomila – romana (Chamaemelum nobile) e alemã ou azul (Matricaria chamomila): Além de acalmar a mente, pode favorecer estados PSI, como canalização e processos mediúnicos, onde a mente se volta para o Campo A, abstraindo do chamado Campo M (cfe. a teoria de Ervin Laszlo).

Canela – do Ceilão (Cinnamomum verum) e da China (Cinnamomum cassia): Quando pensamentos fixos e convicções muito arraigados não permitem a mudança de consciência, a canela pode ser uma ótima opção.

Cânfora – de-borneo (Dryobalanops aromatica) e branca (Cinnamomum camphora): Aumenta o senso de desapego, diminuindo as paixões tóxicas e problemáticas, levando a consciência para um nível mais amplo e aberto.

Capim-Limão/Cidreira (Cymbopogon flexuosos/citratus): Diminui a inflexibilidade, abrindo a mente a novos horizontes e a novos desafios. Estimula as funções do lado esquerdo do cérebro, dissolvendo as inquietações sobre o futuro.

Cardamomo – sementes (Elettaria cardamomum): Ajuda na libertação dos pensamentos padronizados ou pensamentos de massa, favorecendo o protagonismo de uma consciência mais ampla.

Cedro-do-atlas – madeira (Cedrus atlantica): Teria como propriedade ajudar a consciência a perceber a ilusão, a fantasia e as delusões frequentes em cada um de nós, ampliando o senso de realidade.

Cenoura – sementes (Daucus carota): Teria a capacidade de aumentar a propriocepção, a percepção de si mesmo, bem como a de que a mente tem o poder de ser construtiva ou destrutiva, conforme nossa motivação.

Cipreste-europeu (Cupressus sempervirens): Ajuda nos casos de depressão nervosa, permitindo que se aprenda com as experiências da vida. Assim, estimula o aprendizado cumulativo que a mente tem como uma de suas propriedades básicas (criatividade e aprendizado).

Cravo-da-índia – botões (Syzygium aromaticum): Diminui a defensividade que leva a paixões rígidas e tóxicas, tratando medo e raiva.

Erva-doce (Foeniculum vulgare): Pode ajudar na melhora da autoimagem, aumentando a autoestima. Para casos de insegurança e sentimentos de falta de controle. Duas gotas de óleo essencial de erva-doce esfregadas entre as palmas das mãos e passadas sobre a pele à moda de passe, sensibiliza a aura e pode proteger contra perturbações psíquicas.

Eucalipto (Eucalyptus globulus/radiata/viminalis, etc.): Ajuda a perceber as projeções nas relações e aumenta a intuição, dissolvendo vínculos disfuncionais.

Gengibre (Zingiber officinale): Ajuda no reconhecimento e trabalho com a nossa sombra, o que escondemos de nós e dos outros no fundo de nossa consciência. É indicado para o uso na meditação quando se está sofrendo de fraqueza em razão de esgotamento nervoso. O gengibre aquece e fortalece as emoções, aumenta a determinação e inspira a iniciativa e a ação para levar os planos adiante até sua conclusão. Ajuda a dissipar as depressões de inverno e, especialmente quando misturado com bergamota, é útil para combater o Transtorno Afetivo Sazonal.

Gerânio (Pelargonium graveolens): Diminui a vergonha, e estimula o senso de segurança, facilitando o desejo de relacionar-se emocionalmente com os outros. Fortalece o fluxo de energia sutil ou chi e é útil para tratar a ansiedade associada à debilidade dos nervos.

Grapefruit (Citrus x paradisi): Um óleo que ajuda a acalmar o falatório mental, um dos grandes problemas do ego. A fala não atenta tem como propriedade o discurso excessivo, sem conteúdo. Quando a mente se acalma, a fala se apazigua.

Hortelã-pimenta (Mentha x piperita): Imagina-se que tem a propriedade de nos aproximar dos aspectos mais elevados da consciência, onde a intuição, e não a razão, fala mais alto.

Immortelle ou Sempre-viva Immortelle (Helicrysium gymnocephalum, H. italicum): Organiza o sistema imunológico. Estimula a intuição e a criatividade. Inspira a força interior, afasta todo o sentimento de fragilidade, abrindo o coração para resgates emocionais e cura espiritual.

Jasmim (jasminum grandiflorum): Inspira a euforia e ajuda a restaurar a confiança e o otimismo. Torna as emoções mais abertas e calorosas e ajuda pessoas habitualmente reprimidas e tímidas. É associado à sabedoria intuitiva, sendo portanto útil para a meditação de atenção plena (mindfulness) ou insight.

Junípero (Juniperus communis): Ajuda a desenvolver mais paciência e fortalece a vontade espiritual em detrimento da vontade do ego inflado.

Laranja-doce (Citrus x sinensis): Se crê ter efeito sobre a aura humana, expelindo negatividade, formas-pensamento densas e resíduos de experiências estressantes durante os sonhos.

Lavanda (Lavandula angustifolia): Com seu poder calmante intenso, favorece o relaxamento, os processos PSI (mediúnicos, inspirativos e de canalização) e dá acesso a novas percepções de consciência. Seus efeitos calmantes e relaxantes podem ser usados para facilitar a meditação. Suas qualidades podem devolver a harmonia à aura e ajudar a equilibrar os chacras.

Limão-siciliano (Citrus x limon): Aumenta a alegria interior e o otimismo. Ifluenciando o chacra da garganta, permite uma autoexpressão mais proficiente. Pode ajudar até no tratamento da compulsão por álcool. Ajuda a prevenir os rompantes emocionais e auxilia na tomada de decisões. Ilumina a mente obscurecida, nublada ou confusa. É útil na meditação para clarear a mente e também abre o coração.

Louro – folhas (Laurus nobilis): Aumenta as capacidades perceptivas e as habilidades PSI (clarividência, clariaudiência, etc.), bem como o entendimento de pensamentos abstratos. Trata dores em geral. Afasta maus pensamentos e incertezas. Ilumina as sombras da mente, trazendo discernimento.

Manjericão (Ocimum basilicum): Ajuda na percepção da realidade que o próprio indivíduo cria para si, bem como na aceitação da responsabilidade advinda desta criação. Útil na estabilização da energia vital após doença contagiosa.

Manjerona (Origanum majorana): Permite o reconhecimento dos medos subconscientes (a sombra), o que leva a um maior crescimento espiritual. tem o efeito de uma segunda pele, acalmando a hipersensibilidade e aliviando o estresse e a tensão nervosa. Oferece conforto a quem está triste e solitário e é reconfortante para os celibatários, dando segurança às suas emoções. Estimula o fluxo de energias sutis por todo o corpo e ressalta a força e a resistência interiores.

Mirra (Commiphora myrrha): Ajuda a dissolver o complexo de mártir, que faz o indivíduo carregar fardos alheios, prejudicando sua própria vida.

Néroli (citrus aurantium): Útil em casos de medo, choques emocionais e pensamentos do passado presos. É calmante e revigorante, em especial para as pessoas que se inquietam com facilidade, são emocionalmente instáveis ou inseguras; ele diminui a intensidade das emoções fortes. Auxilia na meditação e facilita a cura espiritual. Alivia problemas urgentes de origem emocional ou psicológica e ajuda também quem sofre de ansiedade crônica.

Noz-moscada (Myristica fragrans): Ajuda no apaziguamento dos sentimentos de traição e perda, aumentando a flexibilidade e a espontaneidade. É um revigorante tônico para os nervos, aliviando a fadiga crônica, a fraqueza, a ansiedade e a depressão e reconfortando os que sentem que chegaram ao fundo do poço. É útil na meditação para aqueles que estão fisicamente cansados e com sono ou cansados de viver.

Olíbano (Boswellia carteri): Ajuda no reconhecimento das emoções negadas com frequência. Assim, leva a um despertar do propósito espiritual, o que significa maior conexão com os aspectos profundos da consciência.

Patchouli (Pogostemon cablin): Leva a um enraizamento e ao fortalecimento da vontade de viver. Também ajuda no questionamento das crenças cristalizadas e no estabelecimento de novos paradigmas.

Petitgrain de laranja-amarga (Citrus x aurantium): Ajuda na superação das obsessões e dos vícios em geral, bem como em casos em que se quer ter controle sobre tudo e todos.

Pimenta-preta – pimenta-do-reino (Piper nigrum): Ajuda na superação da preocupação e da ansiedade, bem como a reconhecer a negação, levando a mais autoaceitação e compaixão. Útil para parar de fumar. Fortalece a mente e o espírito. É indicado na meditação quando a pessoa se sente fria e distante de tudo; ajuda você a seguir em frente quando tem a impressão de estar preso num beco-sem-saída.

Pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris): Aumenta a consciência de grupo, o desejo de viver em comunidade, e favorece o que, no pensamento sistêmico, é considerado um próximo nível da consciência humana.

Poejo (Mentha pulegium): Assim como o Grapefruit, ajuda a acalmar o falatório mental, as ruminações da mente. Pode induzir a cura das paixões possessivas e ciumentas, pelo aumento da autoconfiança.

Rosa (Rosa damascena/alba/gallica/centifolia, etc.): Aumenta a criatividade da mente, uma de suas principais propriedades na consciência humana. Também amplia sentimentos de amor, compreensão e solidariedade.

Sálvia-Esclareia (Salvia sclarea): Assim como o Grapefruit e o Poejo, ajuda a diminuir o falatório mental. Assim como o Alecrim (especialmente QT cineol), ajuda a aumentar a alegria. Como diminui os pensamentos obsessivos, é ótimo para tratar depressão.

Sândalo (Santalum album): Estimula a imaginação, tanto no sentido de sensualidade quanto no sentido espiritual mais elevado. Conecta a energia do chacra raiz ao do coração. Facilita a prática espiritual. Acalma as irritações nascidas da frustração, tranquiliza e aquieta a mente e abre o potencial espiritual. É usado para despertar a kundalini nos rituais tântricos, ou seja, ajuda a despertar a energia sexual para que seja transmutada em sabedoria espiritual.

Tangerina (citrus reticulata): Antidepressivo, fortalece e tem qualidade ligeiramente hipnótica. Ajuda a aquietar a mente hiperativa e promove o sono reparador.

Tea Tree (Melaleuca alternifolia): Por favorecer o reconhecimento da sombra (como os óleos de Gengibre e Manjerona), inspira confiança e dissipa a depressão decorrente das doenças crônicas. Também fortalece as energias sutis.

Vetiver (Chrysopogon zizanioides): Como ajuda a resolver os problemas de amor e ódio com o corpo físico, permite nos conectarmos como o todo que somos – corpo e mente (consciência).

Wintergreen (Gaultheria procumbens): Leva a um forte desejo de introspecção, o que pode ser muito benéfico para pessoas excessivamente lógicas e racionais.


4 - Conclusão

A aromaterapia e, dentro dela, a aromaterapia vibracional, é um dos ramos emergentes de tratamento da saúde, junto com outras alternativas. É um ramo ainda em ascensão, onde muita pesquisa precisa ser feita, para que se extraia da natureza e de seus óleos essenciais todos os benefícios possíveis ao equilíbrio integral do ser humano, o que passa pela ampliação de sua consciência.

Como diz o Dr. Hozzel no encerramento de seu livro citado:

A aromaterapia, a medicina energética, a cura vibracional, as terapias corporais sutis, os métodos dos chacras, entre outras, são agora os novos passos que nos levam à compreensão da “mente sobre a matéria”, na qual a consciência é o principal motor de tudo, sendo então o real responsável pelo nosso destino, tanto espiritual quanto psicofisiológico. Isso pressupõe o reconhecimento de que somos mais do que meros corpos físicos.

Mente e matéria têm constituído uma dualidade científica desde Descartes, quando privilegiou as explicações baseadas na matéria e deixou o reino do espírito (mente, consciência) de fora, até que a neurociência o considerasse mero epifenômeno dos eventos neurais. Agora, a partir da visão sistêmica e da neurociência espiritual, podemos voltar a pensar na mente e na consciência como algo fundamental no universo, como pensam Mario Beauregard, Amit Goswami e Ervin Laszlo, entre outros.

A ação que os óleos essenciais parecem ter sobre a mente humana é de natureza arcaica, primordial, no sentido de límbica, ou seja, na base do que constitui a geração e expressão da consciência de autorreferência do ser humano moderno. Pelo mesmo motivo, funcionam com mamíferos em geral, que possuem o sistema límbico muitas vezes como o sistema principal, sem córtex desenvolvido ou mesmo um rudimento de neocórtex.

Seriam, então, os óleos essenciais, uma opção de retorno ao equilíbrio fundamental com a natureza que perdemos ao longo dos séculos? Muito provavelmente.


Bibliografia citada e recomendada

Baudoux, Dominique. O grande manual da aromaterapia de Dominique Baudoux [tradução Mayra Corrêa e Castro], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2018.

Beauregard, Mario (PhD); O’Leary Denyse. O cérebro espiritual [tradução Alda Porto], Rio de Janeiro: BestSeller, 2010.

Capra, Fritjof & Luisi, Pier Luigi. A visão sistêmica da vida: uma concepção unificada e suas implicações filosóficas, políticas, sociais e econômicas [tradução Mayra Teruya Eichemberg, Newton Roberval Eichemberg], São Paulo: Cultrix, 2014.

Damásio, António. O mistério da consciência: do corpo e das emoções ao conhecimento de si [tradução Laura Teixeira Motta], São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

Damian, Peter & Kate. Aromaterapia – aroma e psiquê: o uso dos óleos essenciais para o bem-estar psicológico e físico [tradução Eliana Chiocheti], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2018.

Eidson, Deborah. Cura Vibracional: revelando a essência da natureza por meio dos óleos essenciais na aromaterapia [tradução Rosana Laura Romeros], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2019.

Farrer-Halls, Gill. Guia Completo dos Óleos Essenciais [Tradução Marcelo Cipolla], São Paulo: Editora Pensamento Cultrix, 2018.

Gümbel, Dietrich. Fundamentos da terapia holística com óleos essenciais das plantas [tradução Ane Walsh], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2016.

Hozzel, Malte. Ensaios sobre aromaterapia holística [tradução Luciana Chamma], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2019.

Laszlo, Ervin. A plenitude do cosmos: a revolução Akasha na ciência e na consciência humana [tradução Newton Roberval Eichemberg], São Paulo: Cultrix, 2018.

Phipps, Carter. Evolucionários: revelando o potencial espiritual e cultural de uma das maiores ideias da ciência [tradução Mário Molina], São Paulo: Cultrix, 2014.

Rhind, Jennifer. Sinergias Aromáticas: aprendendo a combinar corretamente os óleos essenciais [tradução Renata Maria Badin], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2019.

Taylor, Steve. Spiritual Science, London: Watkins Media Limited, 2018.

Willem, Jean-Pierre. Óleos essenciais antivirais: a solução natural para lutar contra as infecções [tradução Ana Lúcia Ramalho Mercê], Belo Horizonte: Editora Laszlo, 2018.


Sobre o autor


Paulo Stekel é aromaterapeuta, estudante de aromatologia, instrutor de Meditação Não-dualista, orientador do Projeto Mahasandhi de Meditação Livre Não-Religiosa, pesquisador de Religiões e Espiritualidades, membro do NEDEC²- Núcleo de Estudos e Desenvolvimentos em Conhecimento e Consciência (UFSC – Florianópolis – SC). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Paleolinguística. É escritor polímata, jornalista, tradutor, revisor, músico, com vários álbuns lançados desde 2009. É um pesquisador não-acadêmico, especialista na interpretação dos textos sagrados das religiões. Nasceu e cresceu em Santa Maria (RS). Atualmente reside em Florianópolis (SC). Publicou diversas obras: “Elohê Israel (Os deuses de Israel) - filosofia esotérica na Bíblia” (Independente, 2001); “Projeto Aurora - retorno à linguagem da consciência” (FEEU, 2003); “Santo e Profano - estudo etimológico das línguas sagradas” (GEFO, 2006); “Deuses & Demônios - verdades inauditas e mentiras anunciadas sobre os anjos” (Independente, 2007); “Curso de Cabala - com noções de Hebraico & Aramaico [vol. I e II]” (Independente, 2007 e 2008); “Curso de Sânscrito - com noções de Filosofia Indiana [vol. I e II]” (Independente, 2008 e 2009); “A Alma da Palavra” (independente, 2011). Pesquisador aceito como paleolinguista de formação livre na pesquisa de decifração da escrita Glozélica (França), com trabalho científico reconhecido e publicado em Inglês no website do Museu de Glozel (http://www.museedeglozel.com/Trad2000.htm) desde 2006. Pesquisador aceito como paleolinguista de formação livre pelo arqueólogo bósnio-americano Semir Osmanagic na pesquisa de decifração da escrita Proto-Visoko (Bósnia), com trabalho de decifração preliminar apresentado em Sarajevo pelo egiptologista Muris Osmanagic (2010) e publicado no website Bosnian Pyramids, em Inglês e Bósnio: http://icbp.ba/2008/documents/papers/ICBP_Referat_Stekel.pdf.

2 comentários:

  1. Extremamente grata por toda a energia desta produção. Obrigada, Stekel, por mais este canal de luz.

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    1. Grato pelo apoio, Pâmela. O objetivo deste blogue é informar e ser o mais interessante possível. Sarva Mangalam!

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