terça-feira, 29 de dezembro de 2020

O Futuro do Mundo

 Por Paulo Stekel

https://youtu.be/xk_CWrzqyCs

Episódio 039 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube. Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, uma reflexão futurológica (não previsão adivinhatória!) do mundo a partir dos fatos de 2020.

Stekel discorre sobre as regências de 2021 (segundo a astrologia e a numerologia) e, em seguida, faz uma retrospectiva sobre as polêmicas envolvendo a pandemia, o negacionismo da Ciência e a falta de empatia com os mortos. Faz uma previsão futurológica, baseada portanto na lógica, sobre o que deve acontecer a partir de 2021 em campos como a ciência, a tecnologia, a busca por vida extraterrestre, a Ufologia e a Inteligência Artificial. Também trata de temas como expansão da consciência, 5a. dimensão, portais que prometem diminuir o "carma" da Terra e outras ideias distorcidas.

No final, Stekel faz uma análise das noções apocalípticas que têm tomado conta do imaginário popular desde a década de 1980, com marcação de inúmeras datas para o "fim do mundo", e fala do "salvacionismo" por ETs como a forma "new age" de atualizar o apocalipse e o arrebatamento do cristianismo neopentecostal.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

ENVIE suas perguntas, dúvidas, comentários e sugestões de tema para os próximos vídeos para o email pstekel@gmail.com


quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Por que não se sabe o que é Consciência?

 Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/VIAaL7v8Leg

Episódio 038 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube. Confira!

Neste vídeo, que é a terceira e última parte da análise do ebook gratuito "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência" (a primeira parte é o ep. 034 - Quem é o dono do conhecimento? e a segunda parte é o ep. 036 - A Realidade é só uma interpretação?), Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, reflexões acerca do que é a Consciência, tanto do ponto de vista da religião, da filosofia, da ciência quanto da ciência espiritual e da nova espiritualidade.

Stekel discorre sobre a imprecisão da ciência, da filosofia e da religião em descrever a Consciência de modo claro e inequívoco. A partir da provocação do filósofo da mente australiano David Chalmers, que denuncia a nossa ignorância sobre o que é Consciência, Stekel apresenta cinco hipóteses para explicá-la: Hipótese Materialista, Hipótese Metafísica, Hipótese Sistêmica, Hipótese Neurometafísica e Hipótese Neurometafísica Sistêmica.

No final, Stekel dá uma definição de Consciência e de Panconsciência a partir de seus estudos e do que está no ebook gratuito "Ciência Espiritual", que pode ser baixado gratuitamente em seu Stekelblogue ou solicitado pelo email pstekel@gmail.com.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Mentes Possuídas

 Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/ykCss0YgoEo

Episódio 037 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel faz uma análise crítica e desapaixonada das várias formas de possessão, obsessão espiritual e incorporação por espíritos supostamente trevosos em diversas culturas e religiões do mundo, desde o período xamânico até as modernas formas ligadas à Apometria e à Ufologia.

Stekel inicia falando dos "Djins" ou Gênios da mitologia pré-islâmica e como a noção influenciou a Cabala e o Ocultismo moderno de Papus e Eliphas Levi. Mostra as diferenças e semelhanças entre cultos envolvendo possessões muito distantes entre si, seja no tempo ou na geografia, como o xamanismo tibetano, a umbanda, a quimbanda, o espiritismo, a apometria e o candomblé.

No final, Stekel dá sua visão, baseada em mais de 30 anos de pesquisa e prática de estados ampliados de consciência, da realidade ou não das possessões, e de se existem ou não seres espirituais que podem prejudicar os humanos e em que condições.

Artigo sobre os DJINNS citado no vídeo: https://www.tricurioso.com/2019/05/28/quem-eram-os-misteriosos-djinns

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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A Realidade é só uma interpretação?

 Por Paulo Stekel

 

 https://www.youtube.com/watch?v=J8NoCav7PlI

Episódio 036 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube. Confira!

Neste vídeo, que é a segunda parte da análise do ebook gratuito "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência" (a primeira parte é o ep. 034 - Quem é o dono do conhecimento?), Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, reflexões acerca do que é a Realidade, tanto do ponto de vista da religião, da filosofia, da ciência quanto da ciência espiritual e da nova espiritualidade.

Stekel discorre sobre a imprecisão de nossos sentidos para captar a Realidade como ela é, algo ensinado tanto pelo Buda há 2500 anos, quanto pela moderna neurociência, que demonstra a limitação de nossa mente para interpretar a realidade tal como ela é, mesmo que nunca venhamos a percebê-la em sua totalidade.

No final, Stekel dá uma definição de Ciência Espiritual, sua visão da Realidade e enfatiza os três modos cognitivos possíveis de encarar fenomenologicamente o que vivenciamos como realidade da experiência: a realidade fisicalista-cognitiva-racional, a realidade religiosa-dogmática-não-cognitiva e a realidade emergente-intuitiva-transracional.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Quem é o dono do conhecimento?

Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/h4tdoFyTd1I

Episódio 034 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, que é o primeiro de uma série de três sobre o ebook "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência", Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, uma análise crítica das propostas que temos atualmente para a busca de conhecimento - a Ciência moderna, o Holismo e o Pensamento Sistêmico - e suas implicações quando vistas sob a lente da espiritualidade.

Stekel discorre sobre o conceito de para-academicismo, como uma forma alternativa de se pesquisar e fazer ciência que, aos poucos, ganha terreno no mundo, através de organizações independentes de pesquisa que não seguem os ditames paradigmáticos das academias oficiais.

Como obter o ebook gratuito "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência", citado no vídeo:

1 - Pelo blogue stekelblogue.blogspot.com
2 - Pelo grupo Ciência Espiritual no Facebook: facebook.com/groups/cienciaespiritualgrupo
3 - Pelo email pstekel@gmail.com


No final, Stekel define o que seria uma pesquisa para-acadêmica no contexto de Ciência Espiritual e como isso pode melhorar o desenvolvimento da humanidade como um todo. Uma temática polêmica, mas muito necessária.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Espiritualidade Tóxica

Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/0e2kZPXFxdE

Episódio 033 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, uma análise crítica e detalhada do fenômeno social denominado Positividade Tóxica (uma certa negação das emoções humanas), que tem sido tratado por muitos psicólogos e terapeutas como algo perigoso para a saúde mental das pessoas, e seus desdobramentos religiosos e espirituais, constituindo-se na variante que Stekel chama de Espiritualidade Tóxica.

Stekel apresenta, após esclarecer a relação do tema com a ideia de dissonância cognitiva, as definições da psicóloga clínica Evelize Valerio sobre positividade tóxica e como ela prejudica a saúde mental das pessoas, podendo potencializar tendências ao suicídio.

No final, Stekel define o que seriam as características de uma pessoa espiritualmente tóxica e as relações disso com o chamado Efeito Dunning-Kruger sobre a superioridade ilusória e a síndrome do impostor. Termina com um trecho do artigo da mestra em filosofia Alaya Dullius intitulado "Criticar é feio, seu intolerante! Não pode criticar nada", que se encaixa perfeitamente nos argumentos levantados ao longo do vídeo.

Evelize Valerio: @EvelizeValerio (twitter) e @evelizevaleriopsi (Instagram)

Artigo "Criticar é feio, seu intolerante! Não pode criticar nada", de Alaya Dullius: https://viveka1.blogspot.com/2020/02/criticar-e-feio-seu-intolerante.html

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Presença no Agora

Por Paulo Stekel

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=XZ3-j9NC5XE

Episódio 032 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube. Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, uma análise crítica e detalhada do best-seller mais famoso do pensador alemão Eckhart Tolle, "O Poder do Agora" (2002). O livro já vendeu mais de 8 milhões de exemplares e foi traduzido para 33 idiomas.

Stekel dá um resumo das ideias de Tolle em sua obra, apresentando dez princípios que aparecem por toda ela, como "sempre diga sim ao Agora", "não leve a vida tão a sério", "perdoe o passado", "liberte-se das rotulações", "evite as manipulações", entre outros. Stekel ainda trata de questões sensíveis e polêmicas do pensamento de Tolle, como seu conceito de iluminação, a noção de Deus, o conceito de Ser e sua própria alegação de ter atingido um elevado estado espiritual.

No final, Stekel conclui se Tolle é ou não um não dualista, se é um expoente do advaita vedanta, se é mera auto-ajuda ou se deve ser entendido de uma outra forma.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Óleos Essenciais: fraude ou cura?

Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/ZwNnkhMa1Ig

Episódio 031 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, uma análise crítica e detalhada do primeiro episódio da série documental da NETFLIX, "A Indústria da Cura", que fala de óleos essenciais, suas polêmicas e alegações de cura.

Stekel dá um resumo das afirmações de cada um dos sete entrevistados no documentário, analisando as críticas ou as alegações fantasiosas que eles fazem envolvendo o assunto aromaterapia.

No final, Stekel apresenta uma argumentação para as três principais críticas à aromaterapia apresentadas no documentário: as alegações de cura (incluindo câncer e autismo) por óleos essenciais e o quanto isso tem de científico; o envolvimento de empresas predatórias de marketing multinível na venda desenfreada de óleos essenciais cuja ingestão é recomendada ao grande público sem maiores cuidados; o risco do uso de óleos essenciais sem regulação e sem treinamento, incluindo a ingestão. Para encerrar, Stekel lê e analisa parte do posicionamento da ABRAROMA (Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia) sobre a polêmica da ingestão.

Este é um vídeo indispensável a aromaterapeutas recém formados e a todas as pessoas interessadas ou que usam óleos essenciais com certa frequência.

Leia na íntegra o posicionamento da ABRAROMA sobre a polêmica da ingestão de óleos essenciais:


https://aromaterapia.org.br/ingestao-de-oleos-essenciais-posicionamento-da-abraroma/


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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Deus e o Monismo

Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/__jLOgNLDx8

Episódio 030 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, as várias noções de Deus (teísmo, panteísmo, panenteísmo, deísmo, pandeísmo, etc) e do Monismo (de substância, de propriedade, atributivo, de gênero, etc.) e as polêmicas envolvendo todos eles.

Stekel discorre sobre as várias noções sobre o fundamento da Realidade visto como uma divindade criadora que pode tanto interferir no mundo - Deus pessoal - como ser alienado dele - Deus impessoal. Paralelo a isso, o conceito mais moderno de Monismo apresenta opções de entendimento da causa ontológica de tudo.

No final, Stekel apresenta sua própria visão sobre o tema, já que foi perguntado sobre isso por alguns espectadores.

Como obter o ebook gratuito "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência", citado no vídeo:

1 - Pelo blogue stekelblogue.blogspot.com
2 - Pelo grupo Ciência Espiritual no Facebook: facebook.com/groups/cienciaespiritualgrupo
3 - Pelo email pstekel@gmail.com

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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Já disponível o ebook "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência"

 Por Paulo Stekel

JÁ ESTÁ DISPONÍVEL PARA VOCÊ BAIXAR AGORA MESMO!

BAIXE AQUI!!!

Finalmente, uma parte de um projeto de uma vida está pronto e acaba de ser disponibilizado a vocês GRATUITAMENTE! O ebook grátis "Ciência Espiritual - em busca de uma nova consciência", de Paulo Stekel, contém 72 páginas de um material criterioso, cheio de referências e uma bibliografia de quase cem obras para ampliar os seus conhecimentos.

Neste ebook, Stekel apresenta as bases do que considera ser um "ciência espiritual" viável para o Novo Milênio, uma visão que une ciência, paraciência, filosofia e espiritualidade com um objetivo em comum: a ampliação da consciência humana em direção à paz, ao fim do sofrimento e ao encontro com as bases internas da vida.

Como diz parte da Introdução:

"Este é um projeto mais necessário que audacioso. Foi gestado durante anos, na verdade, décadas. O presente livro digital é a prévia de uma trilogia da Nova Espiritualidade que está em preparação e, cujo primeiro volume, deve estar disponível dentro de algum tempo. A ideia deste projeto (tanto o ebook gratuito quanto a trilogia) é conectar ao que antigamente era território da religião (uma visão do mistério transcendente que nos assombra desde das cavernas) conhecimentos advindos da filosofia, da ciência moderna, da Teoria dos Sistemas, das Ciências Contemplativas, das Paraciências e da Psicologia.

Os três volumes que estão sendo preparados são:

“Ciência Espiritual - vol 1. Metafísica da Consciência (Espírito, Mente, Consciência, Dualidade e Não Dualidade)”.

“Ciência Espiritual - vol 2. Metafísica dos Sistemas (Energia, Universo, Realidade, Microcosmo e Macrocosmo)”.

“Ciência Espiritual - vol 3. Metafísica de Tudo (Base do Ser, Complementaridade, Síntese e Fundamentos do Todo)”.


Nenhum dos três volumes pretende nem de longe ser a Verdade definitiva, sequer parcial, da Realidade e de nós mesmos. É uma alternativa, resultado de anos de estudos, práticas, meditação e elaboração filosófica a respeito da Vida, da Existência e da Espiritualidade. Se alguém encontrar a mínima utilidade no que lerá, a obra toda terá cumprido a sua função. O mesmo vale para este ebook, que é apenas uma prévia do que virá.

A propósito, qual a principal função de “Ciência Espiritual”? É inspirar, instigar e abrir o canal criativo daqueles que buscam o mistério transcendente, o Grande X da Realidade que as religiões, debatendo-se entre si, não conseguiram resolver, pois enfatizaram mais a moral que a consciência.

Proponho, sim, uma Nova Espiritualidade, mais conectada com uma Consciência ampla, expandida, do que com moralismos ou a imposição de normas quaisquer que sejam. Minha proposta é teórica e prática, pois os exercícios que aparecem ao longo do ebook têm função clara de facilitar aos leitores e estudiosos os meios para acessarem no terreno não dual aquilo que a razão dual não pode compreender. Na verdade, o texto pode ser dividido em três partes, que se mesclam complementarmente: teoria, minha experiência (relatando minha experiência pessoal) e sua experiência (exercícios propostos ao leitor sempre considerando-se as especificidades de cada indivíduo)."

 


 
Paulo Stekel, nascido em Santa Maria – RS, é escritor, jornalista, músico, paleolinguista, aromatologista, instrutor de Meditação Não-dualista, pesquisador de Religiões e Espiritualidades. Um autista asperger diagnosticado aos 50 anos, é escritor polímata, autor de vários livros, tradutor, revisor e pesquisador não-acadêmico, especialista na interpretação dos textos sagrados das religiões e decifrador de escritas antigas – o Glozélico, na França, e o Proto-visoko, na Bósnia.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

O Universo Consciente

 Por Paulo Stekel

https://youtu.be/nkwAp9fTAGc

Episódio 029 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, da forma mais acessível possível, as noções de Mente Una e consciência universal presentes no livro “A Conexão da Consciência” (Evidências científicas comprovam que fazemos parte de uma Mente Universal), do Dr. Larry Dossey, Ed. Cultrix (2018).

Stekel discorre, com a ajuda da obra do Dr. Dossey, sobre tópicos como o que é consciência, o problema mente-corpo (o problema difícil da consciência), pampsiquismo, fusão entre ciência e sabedoria tradicional, Mente Una, mentes compartilhadas, não-localidade da consciência, entrelaçamento quântico, as ideias do físico Erwin Schrödinger sobre Mente Una, a formação do Eu e o mal da neuromitologia.

No final, Stekel apresenta um esquema sobre a origem e o destino da mente individual de cada um de nós, passando pelas fases que ele chama de protomente pura, protomente dual, mente dual e pós-mente desperta.

(Já prevendo críticas) Texto para corroborar a afirmação que faço no vídeo de que Psicanálise é pseudociência:

https://universoracionalista.org/psicanalise-uma-pseudociencia-escondida-a-vista-de-todos/ (Fundada em 2012, Universo Racionalista é uma organização em língua portuguesa especializada em divulgação científica e filosófica. A integram astrônomos, físicos, filósofos, biólogos, matemáticos, geneticistas, etc. De sua fundação até hoje, Universo Racionalista se tornou um dos maiores e mais importantes portais de divulgação científica de toda América Latina.)

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sábado, 17 de outubro de 2020

Filosofia Perene - Uma Visão Crítica

 Por Paulo Stekel


https://youtu.be/SsQ8GxiOX_k

Episódio 028 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel apresenta ao público, de uma forma mais acessível possível, as noções de Prisca Theologia, Filosofia Perene, Perenialismo e Universalismo Místico, todos conceitos de alguma forma relacionados. Os conceitos vão sendo apresentados em seus contextos históricos, para que o espectador entenda como eles se relacionam, suas diferenças e quais modalidades são mais pérfidas para o desenvolvimento espiritual moderno.

Stekel convidou, para auxiliá-lo na tarefa, o monge budista Terra Pura e Prof. Joaquim Monteiro, que tece seus comentários sobre o Perenialismo e os pontos problemáticos encontrados nesta visão nascida no Século XX como uma tentativa de recuperar a antiga "Philosophia Perennis".

O Prof. Joaquim Monteiro é graduado em psicologia, com Mestrado e Doutorado em Budismo chinês. Foi pesquisador do Instituto de estudos da cultura budista da Universidade Doho, Nagoya (1988-2003). Ensinou no Departamento de estudos budistas da Universidade de Komazawa, Japão (2001-2003), lecionou língua japonesa no Departamento de japonês da Universidade I-Show, Kaohsiung, Taiwan (2003-2005) e foi bolsista da Capes e Professor visitante na Coordenação de Pós-graduação em Ciências das Religiões da Universidade Federal da Paraíba, UFPB (2013-2017).

No final, Stekel fala sobre o relativismo que tomou conta do debate religioso e, especialmente, inter-religioso, desqualificando o conteúdo milenar de muitas tradições espirituais, por se considerá-las todas como equivalentes ou como não conducentes a alguma verdade definitiva.

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domingo, 11 de outubro de 2020

Perguntas & Respostas I

 Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/0RpvEJNvU0o

Episódio 027 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel comemora os primeiros seis meses da playlist Ciência Espiritual, que iniciou em abril. O vídeo é uma forma de comemorar, respondendo às inúmeras perguntas dos espectadores. Foram escolhidas 12 perguntas entre as enviadas, sobre os mais diversos assuntos tratados nos vídeos anteriores.

Stekel responde, da forma mais acessível possível ao grande público, a perguntas como:

O que é a realidade? Devemos ser vegetarianos? Experiências de Quase-Morte são alucinações? Incorporações são estados ampliados de consciência? OVNIs estão aparecendo mais? Acredita em Deus? Incorporação é estado ampliado de consciência?

No final, Stekel fala sobre as ideias para os vídeos dos próximos meses, agradecendo o apoio de todos na divulgação do canal no Youtube, que está crescendo mais a cada dia.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Ufologia, Ufolatria e Ufosofia

 Por Paulo Stekel

 

 https://youtu.be/amd0SSmBsYU

Episódio 026 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste vídeo, Stekel fala pela terceira vez de um tema frequentemente sugerido pelos espectadores: Ufologia. Porém, agora, inclui dois novos temas: a Ufolatria (a idolatria dos UFOs e de seus tripulantes) e a Ufosofia, a suposta sabedoria ensinada pelos extraterrestres ou de onde quer que venham os UFOnautas.

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, o que são os cultos de idolatria de discos voadores e extraterrestres e como diferenciá-los de uma busca e pesquisa séria do tema, prejudicada pelas atitudes fanáticas daqueles que criam verdadeiras religiões em torno do assunto.

Este episódio conta com a participação do radialista Eustáquio Andrea Patounas, apresentador do Programa Vida Inteligente (TV Floripa) e que já foi um ufólogo místico, agora se posicionando como um cético da Ufologia, como ele explica no vídeo que gravou com exclusividade para este programa.

No final, Stekel fala sobre o que é Ufosofia e a apresenta como uma proposta filosófica dentro da Ufologia: a reflexão sobre o que podemos aprender no contato com as consciências envolvidas no Fenômeno UFO, independente das origens destes seres (extraterrestres, intraterrestres, viajantes do tempo, interdimensionais, etc.).

Assista aos dois episódios anteriores sobre Ufologia na playlist:

EP. 003 – Ufologia Interdimensional: https://www.youtube.com/watch?v=YYjJwnTYo38&t=1557s

EP. 013 – Contatados e Ufologia de 5º Grau: https://www.youtube.com/watch?v=sPGdRKgmpCw
 
Confira o Canal do Programa Vida Inteligente, apresentado por Eustáquio Patounas, no Youtube: https://www.youtube.com/user/fernandopiti/videos

Assista a interessante live com Eustáquio Patounas no canal de Alcione Giacomitti (produtor de TV, radialista, ufólogo, que tem atuado no campo da integração entre ciência e espiritualidade): https://www.youtube.com/watch?v=3PwO1ET24t8

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Confira os outros episódios já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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terça-feira, 22 de setembro de 2020

Evolução e Despertar

 Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/tuJuAS0A2YU

Episódio 025 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste 25º vídeo, Stekel fala de um tema frequentemente perguntado pelos espectadores: a relação entre iluminação ou despertar espiritual e a noção mais moderna de evolução - evolução biológica estendida ao conceito de evolução espiritual. Para isso, usa trechos do livro "Evolucionários" (Cultrix, 2014), do pensador integral Carter Phipps.

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, o que é a teoria científica da evolução e como ela influenciou a espiritualidade moderna, do espiritismo à teosofia, chegando à espiritualidade "new age", ao pensamento sistêmico e à nova espiritualidade. Também desenvolve um pouco do histórico do pensamento integral, desde Sri Aurobindo, autor do monumental livro "A Vida Divina", até a metateoria do filósofo Ken Wilber.

No final, usando conceitos do pensamento sistêmico e da síntese integral, Stekel apresenta algumas reflexões sobre a conciliação possível entre a ideia de que os seres evoluem, tanto material quanto espiritualmente, e a noção oriental de que os seres se iluminam, independente de passarem por um processo "evolutivo".

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Confira os outros episódios já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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terça-feira, 15 de setembro de 2020

A Mente Diversa

 Por Paulo Stekel


https://youtu.be/6o4yduGSREc

Episódio 024 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste 24º vídeo, Stekel fala pela primeira vez em vídeo sobre seu diagnóstico de autismo asperger (TEA Nível 1 ou "autismo leve") aos 50 anos e sobre como é se descobrir um asperger adulto e no que isso implica na vida diária. A partir desta descrição pessoal, traça uma hipótese para os diversos tipos de autismo, que também podem ser chamados de "autismos", já que possuem muitas diferenças entre si.

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, o que é autismo, quais seus três níveis e o que é o autismo asperger (antigamente chamado de Síndrome de Asperger), o que é o espectro autista, o conceito de neurotipicidade e neuroatipicidade, o autismo como uma condição neurológica e um desenvolvimento possível na humanidade, os benefícios de um laudo por profissional habilitado (neurologista ou psiquiatra especialista em autismo), hiperfoco e estereotipias. Destaque para o conceito de Espectro da Mente, que inclui o espectro neurotípico (não-autista) e o espectro neuroatípico (autista, disléxico, TDAH, etc.) e como ele funciona e define a interação do ser humano no mundo. Aqui, a ideia de um espectro geral da mente é cotejada com a Teoria Akasha do cosmologista e filósofo integral húngaro Ervin Laszlo, do qual já se falou em vídeos anteriores. Também um destaque para a polêmica envolvendo os dois grupos antagônicos do movimento autista: os que o consideram doença e desejam "curar" os autistas, e os que o consideram uma condição neurológica e diversa da mente humana, e acham que autistas não podem ser curados porque não são doentes, mas representantes de uma gama espectral menos frequente da neurologia humana.

No final, Stekel apresenta algumas reflexões sobre as teorias conspiratórias que consideram o autismo como sendo causado por vacinas e aquelas teses psicanalíticas ultrapassadas que culpam as mães pelo autismo de seus filhos. Ainda cita os quatro grupos relacionados ao tema do autismo: o do autismo como doença, como diversidade/identidade, como lesão cerebral e como modelo.

Leia o artigo "O Armário do Autismo Adulto", no qual Stekel assumiu publicamente sua condição asperger: https://stekelblogue.blogspot.com/2020/08/o-armario-do-autismo-adulto.html

Leia o artigo "Os Quatro Reinos Autistas", do biólogo molecular Alysson Muotri: http://g1.globo.com/platb/espiral/2013/03/04/os-quatro-reinos-autistas/

Se tiver dúvidas sobre você, faça o Aspie Quiz (em Português) e, se o resultado for positivo, avalie a possibilidade de procurar um profissional habilitado (neurologista ou psiquiatra especialista em autismo): http://www.rdos.net/br/


O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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Confira os outros episódios já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Holismo x Reducionismo e a Natureza da Realidade

 Por Paulo Stekel

 

https://youtu.be/DD8_A5GbunI

Episódio 023 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste 23º vídeo, Stekel fala mais uma vez sobre busca da verdade, conhecimento e o que é a Realidade. Mas, agora, em "Holismo x Reducionismo e a Natureza da Realidade", analisa duas proposições diferentes e antagônicas de obtenção do conhecimento: o reducionismo materialista e o holismo sistêmico.

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, como o método reducionista é impreciso e o motivo de ser necessária uma abordagem holística para se entender melhor a realidade que nos cerca. Um destaque para a explicação sobre o que é Monismo e suas várias vertentes filosóficas.

No final, Stekel apresenta algumas reflexões sobre o que é a Realidade e qual a sua natureza. Também cita trechos de uma entrevista com Jim Holt, jornalista e filósofo norte-americano que investigou a natureza da Realidade e escreveu um livro sobre o tema.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Fenômenos Anômalos

Por Paulo Stekel


https://youtu.be/bow7ceK46v0

Episódio 022 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel). Confira!

Neste 22º vídeo, Stekel fala mais uma vez sobre paranormalidade. Mas, agora, em "Fenômenos Anômalos", entra no debate e embate que existe entre a Parapsicologia e a Psicologia Anomalística, que possuem visões diferentes dos mesmos fenômenos (paranormais para a primeira e anômalos para a segunda).

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, o que são fenômenos anômalos, o histórico da pesquisa (seguindo a periodização de Charles Richet), a ascensão da anomalística nos meios científicos, o que é psíquico, força psíquica, paranormal, psi e oculto. Um destaque para a análise de dois autores anomalistas: Charles Fort, autor de "O Livro dos Danados" (1919), cujo primeiro capítulo é analisado, e Jeffrey J. Kripal, autor de "Authors of the Impossible" (2010), entusiasta de Fort e das pesquisas sobre anomalias.

No final, Stekel apresenta suas próprias críticas e conclusões sobre a pesquisa de fenômenos que escapam ao paradigmas científicos e o viés muitas vezes religioso limitante nas pesquisas parapsicológicas.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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Confira os outros episódios já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

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quinta-feira, 27 de agosto de 2020

O armário do autismo adulto

Por Paulo Stekel


Em 25 de agosto de 2020 completei 50 anos. Um dia antes, pela manhã, recebi um "presente", se é que posso dizer nestes termos. Mas, acho que sim.

Depois de meses avaliando, recebi de um competente psiquiatra de SC, o laudo de TEA 1, um tipo leve de autismo, antigamente conhecido por Síndrome de Asperger. Já tinha certeza disso, mas a avaliação por um profissional especializado, um dos poucos especializados, em identificar aspies (como muitos preferem ser chamados e se referir a si mesmos), me tirou qualquer dúvida que pudesse continuar a me corroer.

Foi libertador? Sim. Muito libertador. Afinal, eu fui um Aspie não identificado até os 50 anos. Um caso raro em que não houve atraso na fala. Na verdade, comecei a falar aos seis meses. Mas, muitos aspies têm problemas de fala na infância. Atrasos são comuns. Mas, eu aprendi a ler praticamente antes de ingressar na primeira série (entrei direto no terceiro bimestre!) e hoje leio em pelo menos 12 línguas, fora outras habilidades. Mas, esta é a parte boa, frequentemente "romantizada". Até porque famosos como Anthony Hopkins (diagnosticado aos 70 anos) e Bill Gates possuem laudos Asperger. Com frequência os “românticos do autismo” nos confundem com índigos, um conceito nova era que até pode fazer sentido em alguns contextos e até incluir os Aspies, mas que não pode ser usado como um tampão para as dificuldades de qualquer autista, seja grave, moderado ou leve. Vi muitos psicólogos cometendo esse erro mesmo antes de imaginar a possibilidade de meu autismo leve, o Asperger. Alguns até escreveram livros sobre índigos e perpetuam este erro que pode prejudicar, e muito, o desenvolvimento e a inserção autista na sociedade.

A outra parte, nada romântica, tem a ver com as dificuldades de interação e de percepção de emoções, o que, em algum modo, sempre existiu em minha vida. Foi melhorando com o tempo e hoje está num nível aceitável. Consegui morar sozinho, trabalhar, viajar, casar, separar (rsrs), e tudo isso sem ter sido identificado como autista, sem nunca ter passado por um psicólogo ou psicopedagogo, sem ter feito terapia ocupacional (TO) e sem ter maiores prejuízos.

Só comecei a tecer a hipótese Asperger há menos de um ano, após o término do meu último relacionamento. Eu não consegui perceber algumas coisas e isso me deixou indignado. A hipótese Asperger era uma das explicações. Fui mais a fundo e, quando comecei a responder os questionários do psiquiatra, minha vida começou a se descortinar diante de mim, explicando muito do que vivenciei. O Asperger se mostrava com toda a sua clareza.

Quando o laudo saiu, um dia antes de eu completar 50 anos, foi estranho: libertador e amedrontador ao mesmo tempo. Mas, como sempre superei muita coisa na vida, essa era apenas mais uma situação a vencer. Porque, após o diagnóstico, vem a auto-avaliação, quando toda a vida pregressa começa a fazer sentido e se explicar automaticamente a partir da condição Asperger. Isso ainda está em processo, inclusive, e deve levar um bom tempo para se processar.

Tenho, realmente, alguns marcadores interessantes: gay e aspie, sem atraso de fala, não diagnosticado até os 50 anos e que conseguiu ter uma vida “normal” (dentro do que a sociedade padrão “normatizou” como o aceitável), a ponto de se sustentar e morar sozinho sem maiores problemas.

Eu fui uma criança bem introvertida. Fiz só metade da primeira série e terminei o ano sendo o único aluno da sala a ler perfeitamente (minha professora me exibiu para a diretoria no fim do ano, rsrs). Aos 9 anos, comecei a ler livros de adultos. Nunca li livros infantis. Também não me dava (e ainda não me dou) bem com romances. Preferia livros técnicos, adultos e, isso sim, gibis de aventura e ficção científica. Tudo isso é comum em pessoas aspies.

Na época de escola havia dois momentos que me eram particularmente angustiantes. Um, era a hora do recreio, pois ficava isolado e raramente alguém brincava comigo. Eu também não me interessava em brincadeiras que considerava bobas. Ficava sentado, observando as outras crianças e tentando entendê-las (outra coisa comum em aspies). O outro, era a aula de educação física. Era péssimo em futebol, do qual não gostava. Vôlei até gostava, mas a bola sempre subia torta e parava fora da quadra. O único gol que fiz no futebol da escola foi porque a bola bateu em mim e entrou no gol. Mas, os colegas comemoraram mesmo assim, o que me deixou feliz naquele momento, mas com uma sensação de fraude. Rsrs.

Na oitava série, pela primeira vez sofri bullying. Eu devia ter uns 13 ou 14 anos. Na época não sabia, mas agora avalio que foi uma mescla de homofobia com preconceito por meu jeito quieto, estudioso (e Aspie!) e sempre protegido pelas colegas mais velhas, que enfrentavam os brucutus para me defender. As mulheres sempre foram minhas melhores amigas.

No (antigo) segundo grau, eu me fechei mais um pouco e interagi menos que no primeiro grau e, de alguma forma, invisível, sofri menos preconceito. Com 17 anos, comecei a trabalhar em rádio como técnico de som, algo de que gostava, pois envolvia música, algo que adoro desde sempre (meu pai é músico). Era considerado muito competente, mas bastante fechado e sem vida pessoal pelos colegas. Não tardou a causar inveja de alguns, bullying de outros e um pouco de agressividade de minha parte, pois liguei o sistema de sobrevivência.

Então, em 1991, com 20 anos, saí daquele trabalho e, desde então, decidi trabalhar de forma independente e só, exclusivamente, com o que gosto de fazer e, necessariamente, sem um patrão. Uma solução aspie. Rsrs. Trabalhar com coisas envolvendo espiritualidade, terapias complementares, meditação, aulas de línguas sagradas (estudei várias), astrologia e botânica oculta (a botânica e a zoologia foram meus hiperfocos durante muitos anos, junto com a astronomia e as línguas).

Entre os 22 e os 25 anos foi o período da minha primeira saída do armário: o reconhecimento de minha orientação sexual não heteronormativa. Foi a primeira libertação. Complicada, mas aconteceu. No meio disso, ainda fui casado por um ano e meio com uma mulher, que continuou minha amiga por muitos anos depois que nos separamos. Chegamos à conclusão juntos de que era melhor nos separarmos, pois éramos muito diferentes e ela sentia que meu caminho deveria ser outro. Foi tudo tranquilo, desde então.

Mas, ao longo de minha vida, mesmo como gay assumido, sentia que faltava alguma coisa na minha autocompreensão, mas não sabia o que era. Cheguei a essa conclusão porque meus parceiros de relacionamento diziam coisas parecidas sobre meus hiperfocos (coisa de aspie!), minha necessidade de momentos de isolamento, problemas com rotina, falta de ciúmes (sim!) e uma avaliação muito racional das coisas, entre outras características. Sim, não deve ser fácil conviver com uma pessoa que lê em dezenas de línguas, fala outras tantas, pesquisa o tempo todo, dorme tarde, fala que nem uma gralha sobre o que pesquisa e consegue explicar os detalhes técnicos de quase tudo. É irritante mesmo, não? Só é bom num daqueles “maridos de aluguel” que se contrata para consertar canos, chuveiros e janelas. Aliás, também fiz muito isso na casa das vizinhas, mas só para ajudar mesmo. Rsrs.

Após o término de minha última relação, em janeiro deste ano, aumentou minha desconfiança de que tinha algo mais a ser descoberto a meu respeito. Coincidência ou não, me interessei em assistir algumas séries envolvendo o tema autismo. Algumas coisas fizeram sentido para mim. Outras, não. A série Atypical me chamou um pouco a atenção. Mas, num determinado dia, assisti a um vídeo sugerido pelo Youtube e, ouvindo o relato de um Aspie diagnosticado quando já adulto, vi que tinha muito a ver comigo. Fiz um daqueles testes de Internet e deu alta probabilidade de ser Asperger. Mas, um teste positivo não quer dizer muita coisa. Então, pesquisei outros, todos em Inglês, e deu positivo em DEZ testes! Então, caiu a ficha…

Tomei a decisão de buscar um diagnóstico, e minha amiga Janice Michels, de Criciúma – SC, uma competente psicopedagoga habilitada a trabalhar com autistas, me aconselhou e fez a ponte que acabou me levando ao médico psiquiatra de Florianópolis que fechou meu diagnóstico: CID-10 F84.5 – Síndrome de Asperger, uma condição que aos poucos está mudando de nome, já que o CID-11, que já é usado e passará a valer a partir de 2022, considera a síndrome conforme o DSM-5, onde o Asperger é classificado como TEA – Transtorno de Espectro Autista, mas na forma leve. O segundo armário da minha vida, o do autismo adulto, havia sido aberto...

Diferentemente do autismo clássico, de que todos já ouviram falar, o autismo asperger ou TEA leve ou nível 1, não envolve perda cognitiva, mas alta funcionalidade. Pode, com frequência, pelo contrário, realçar as funções cognitivas, mas ainda há dificuldades de comunicação e interação social, e pode incluir dificuldades na parte motora fina (tenho algo neste sentido). É tão difícil perceber o autismo leve, Asperger, em adultos, porque muitos aprenderam instintivamente a conviver com pessoas neurotípicas (quem não tem autismo), a controlar sua forma de ser (uma autoflagelação, sim!) e a esconder sua condição neurodiversa (quem tem TEA).

Interessante que sempre me dei bem com autistas, sempre gostei deles, e tive dois amigos Aspergers com quem convivi. Um deles, já falecido, foi muito importante na minha vida, e tínhamos muitas coisas em comum, especialmente os hiperfocos, os assuntos que autistas pesquisam até a exaustão até se tornarem especialistas.

Uma pausa aqui: Neurodiversidade é uma ideia que afirma que o desenvolvimento neurológico atípico ou neurodivergente para os padrões convencionais de “normalidade” é um acontecimento biológico esperado. Essa diversidade neurológica humana deveria, então, ser vista como constitutiva da espécie e levada em conta na sociedade. O termo foi criado pela socióloga Judy Singer no final dos anos 90, e tornado conhecido em seu livro “Neurodiversity: The Birth of an Idea” (Neurodiversidade: o nascimento de uma ideia). Socialmente, a ideia se tornou ainda mais popular a partir de 2015, com o lançamento do livro “NeuroTribes: The Legacy of Autism and the Future of Neurodiversity” (NeuroTribos: o legado do autismo e o futuro da neurodiversidade), de Steve Silberman.

A noção de neurodiversidade considera o autismo, o TDAH, a dislexia e outras condições neurológicas como variações humanas naturais, possíveis de ocorrer, e não como doenças ou distúrbios que devam ser “curados”. As diferenças neurológicas seriam, nesta visão, nada mais que autênticas formas de diversidade humana, identidade, autoexpressão e de ser no mundo. Da mesma forma que a diversidade sexual, a neurodiversidade é apenas uma possibilidade na complexa natureza humana. Eu possuo as duas diversidades, por ser gay e Aspie.

Voltando, ao ler estudos sobre o tema, vi que os manuais psiquiátricos consideram duas terapias alternativas adequadas para o desenvolvimento dos Aspies: terapia musical e yoga (que inclui meditação). Como filho de músico, cantei, compus e produzi música por muitos anos na minha vida. Pratico yoga desde os 20 anos e meditação budista desde o 25. “Coincidentemente”, foi quando comecei a sair do isolamento, tive meu primeiro relacionamento e diminuí a fobia de gente. Parece que a música e a meditação, mesmo sem apoio profissional especializado, fizeram o trabalho que poderia ter sido feito por terapia ocupacional e terapia cognitivo-comportamental. Há estudos sobre autismo e meditação, poucos ainda, mas a relação parece promissora. Sou instrutor de meditação e digo a vocês que ela ajuda a organizar a minha mente e diminuir muito do que incomoda os Aspies. Agora entendo isso.

Como disse minha amiga Janice, a música e a meditação fizeram na minha vida o trabalho que, em outros casos, seria feito por terapia ocupacional e terapia cognitivo-comportamental. Afinal, a música acalma, reestrutura a mente e devolve a harmonia aos ritmos cerebrais, enquanto a meditação ajuda no foco, em um primeiro momento, e na autoanálise em sua forma mais avançada, permitindo uma melhor observação de hábitos, vícios e repetições. Ambas me permitiram sair da casca, trabalhar, casar, viver sozinho, aprender a cozinhar e até a fazer algumas aventuras quase impensadas para um autista, como escalada e montanhismo. Ainda quero contar tudo isso num livro.

Enfim, este é meu primeiro texto público após o laudo, e espero ter sido claro na descrição do meu diagnóstico. Quem tiver dúvidas, pode pesquisar o assunto pela Internet ou me solicitar mais informações. Talvez existam muitos outros Aspies por aí, ainda não diagnosticados e que não entendem o que lhes acontece e o motivo de acontecer. O objetivo principal do meu texto é que ele chegue exatamente a estas pessoas ou a familiares delas, e que possa ser a ponte para um autorreconhecimento e, num segundo momento, para a busca de um diagnóstico profissional. 


Sobre o autor

Paulo Stekel, Asperger diagnosticado aos 50 anos, é aromaterapeuta, estudante de aromatologia, instrutor de Meditação Não-dualista, orientador do Projeto Mahasandhi de Meditação Livre Não-Religiosa, pesquisador de Religiões e Espiritualidades, membro do NEDEC²- Núcleo de Estudos e Desenvolvimentos em Conhecimento e Consciência (UFSC – Florianópolis – SC). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Paleolinguística. É escritor polímata, jornalista, tradutor, revisor, músico, com vários álbuns lançados desde 2009. É um pesquisador não-acadêmico, especialista na interpretação dos textos sagrados das religiões. Nasceu e cresceu em Santa Maria (RS). Atualmente reside em Florianópolis (SC). Publicou diversas obras: “Elohê Israel (Os deuses de Israel) - filosofia esotérica na Bíblia” (Independente, 2001); “Projeto Aurora - retorno à linguagem da consciência” (FEEU, 2003); “Santo e Profano - estudo etimológico das línguas sagradas” (GEFO, 2006); “Deuses & Demônios - verdades inauditas e mentiras anunciadas sobre os anjos” (Independente, 2007); “Curso de Cabala - com noções de Hebraico & Aramaico [vol. I e II]” (Independente, 2007 e 2008); “Curso de Sânscrito - com noções de Filosofia Indiana [vol. I e II]” (Independente, 2008 e 2009); “A Alma da Palavra” (independente, 2011). Pesquisador aceito como paleolinguista de formação livre na pesquisa de decifração da escrita Glozélica (França), com trabalho científico reconhecido e publicado em Inglês no website do Museu de Glozel (http://www.museedeglozel.com/Trad2000.htm) desde 2006. Pesquisador aceito como paleolinguista de formação livre pelo arqueólogo bósnio-americano Semir Osmanagic na pesquisa de decifração da escrita Proto-Visoko (Bósnia), com trabalho de decifração preliminar apresentado em Sarajevo pelo egiptologista Muris Osmanagic (2010) e publicado no website Bosnian Pyramids, em Inglês e Bósnio: http://icbp.ba/2008/documents/papers/ICBP_Referat_Stekel.pdf.


terça-feira, 25 de agosto de 2020

A Verdade Sem Filtro

Por Paulo Stekel


https://youtu.be/QOpnTwWSz1w

Episódio 021 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel) e no Facebook (canalpaulostekel). Confira!

Neste 21º vídeo, Stekel fala mais uma vez sobre a Verdade. Mas, agora, em "A Verdade Sem Filtro", se detém em questões mais polêmicas, como o que é a Verdade, como definir a diferença entre verdade e mentira, tipos de verdade, a verdade religiosa e a verdade absoluta.

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, o que é pós-verdade, meia verdade, mentira, falácia do escocês e a teoria do anarquismo teórico em Ciência proposta pelo filósofo da ciência austríaco Paulo Feyerabend (1924-1994), um grande crítico dos métodos engessados da Ciência moderna.

No final, Stekel apresenta a diferença entre verdade sem filtro, sinceridade e sincericídio.

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Confira os outros episódios já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

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terça-feira, 18 de agosto de 2020

Campos de Consciência e Autocura Integral

Por Paulo Stekel


https://youtu.be/DPWA1n4ah1I

Episódio 020 de "Ciência Espiritual", a playlist de Paulo Stekel postada em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel) e no Watch do Facebook em sua página de fãs Stekel (facebook.com/canalpaulostekel). Confira!

Neste 20º vídeo, Stekel, através dos livros "Cosmos" e "A Plenitude do Cosmos" (Cultrix), fala sobre "Campos de Consciência e Autocura Integral", uma apresentação extensa e detalhada da Teoria Akáshica de Ervin Laszlo, famoso cosmologista, filósofo e pensador sistêmico, integral e teórico da Ciência húngaro, duas vezes indicado ao Prêmio Nobel da Paz.

Stekel esclarece, da forma mais acessível possível ao grande público, o que é a Teoria Akáshica, o Campo A e o Campo M, o conceito de Laszlo sobre o aspecto informacional do Universo, a Mente Una da Dimensão Profunda que "in-forma" nosso mundo, campos akáshicos, ondas escalares, holocampo universal, ciclos universais, vácuo quântico e o caráter não-local da mente.

No final, Stekel apresenta as possíveis aplicações da Teoria Akáshica de Laszlo na saúde, na cura e na autocura, a cura pela Dimensão A, como a linguagem cósmica pode influenciar a saúde, os Oito Princípios Cósmicos para Harmonização e os Valores e Princípios Universais capazes de mudar o nosso mundo por inteiro.

O objetivo da playlist Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

Quem ainda não se inscreveu no canal de Paulo Stekel no Youtube, aproveite para fazer agora e ser avisado sempre que um novo vídeo sair.

Confira os outros episódios já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

(Temas já tratados: Não dualismo, Verdade, Ufologia, Mente, Consciência, Teorias da Conspiração, Reencarnação, Cosmovisão, Realidade, Paranormalidade, Meditação, Karma, Tantrismo, Morte, Misticismo, Magia, Ocultismo, Esoterismo, Teoria Akasha)

Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube e Facebook dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns nos vídeos desta playlist.

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terça-feira, 11 de agosto de 2020

A Magia Desmistificada

Por Paulo Stekel


https://youtu.be/CunpMk7ixHI

Vlog 019 de "Ciência Espiritual", o vlog de Paulo Stekel postado em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel) e no Watch do Facebook em sua página de fãs Stekel (facebook.com/canalpaulostekel). Confira!

Neste 19º vídeo, Stekel fala sobre "A Magia Desmistificada", um apanhado e uma análise crítica dos vários tipos de magia praticadas da pré-história até a época atual.

Stekel esclarece o que é magia, ocultismo, misticismo e esoterismo, e apresenta os conceitos mágicos básicos de cinco tipos de magia: magia xamânica, magia indiana (mantra shastra, tantrismo e magia negra), magia africana, magia ocidental ou Ocultismo e Magia Contemporânea.

No final, Stekel apresenta uma descrição da magia contemporânea e suas novas implicações de interesse antropológico ligadas à "nova era": neoesoterismo, neoxamanismo ou xamanismo urbano, magia universal e moderna magia sexual. Ao encerrar, desmistifica a magia, apresentando uma explicação para os possíveis efeitos dos rituais, nos casos que não possam ser explicados por meios convencionais.

O objetivo do vlog Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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Confira os outros vlogs já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

(Temas já tratados: Não dualismo, Verdade, Ufologia, Mente, Consciência, Teorias da Conspiração, Reencarnação, Cosmovisão, Realidade, Paranormalidade, Meditação, Karma, Tantrismo, Morte, Misticismo, Magia, Ocultismo, Esoterismo)

Vlog Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube e Facebook dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns neste novo vlog.

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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Não Dualismo e Misticismo

Por Paulo Stekel


https://youtu.be/xYrzaqIbkAU

Vlog 018 de "Ciência Espiritual", o vlog de Paulo Stekel postado em seu canal no Youtube (youtube.com/paulostekel) e no Watch do Facebook em sua página de fãs Stekel (facebook.com/canalpaulostekel). Confira!

Neste 18º vídeo, Stekel fala sobre "Não Dualismo e Misticismo", uma análise dos cinco tipos de não dualismo citados no livro "Nonduality - in Buddhism and Beyond", de David loy, uma edição atualizada em 2019 de uma obra anterior publicada há mais de trinta anos.

Stekel esclarece o que é não dualismo numa perspectiva filosófica e comparativa, dando exemplos de pensamentos não dualistas em várias religiões e filosofias antigas e modernas, especialmente no Budismo Mahayana, no Advaita Vedanta e no Taoísmo. A ideia básica é que o não dualismo propõe que a dualidade é uma ilusão ou uma oposição ilógica, sendo a Realidade constituída de apenas uma Natureza, vista por uns como Brahman, Deus, Dharmakaya, Rigpa, Tao, Absoluto ou Uno.

No final, Stekel apresenta uma descrição mais detalhada dos cinco tipos de não dualismos propostos por Loy: Não dualismo dos Opostos, Não dualismo Monista, Não dualismo Advaita, Não dualismo Advaya e Não dualismo Místico. Um destaque especial para o último tipo, também chamado Unio Mystica ou Misticismo, comum em várias tradições ocidentais e médio orientais (Plotino, Sufismo, Cabalismo medieval, Cristianismo contemplativo, Gnosticismo, Hermetismo).

O objetivo do vlog Ciência Espiritual é disponibilizar sempre temas interessantes e de modo muito criterioso, sem fechar questões, sem pretender verdade final, e aberto ao contraditório.

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Confira os outros vlogs já lançados na playlist "Ciência Espiritual" no youtube:

https://www.youtube.com/watch?v=J5BgUbh5n2M&list=PLoPXQZkAtpodqe3orwnyx0PxUW9uSOOG3

(Temas já tratados: Não dualismo, Verdade, Ufologia, Mente, Consciência, Medo, Teorias da Conspiração, Reencarnação, Cosmovisão, Realidade, Paranormalidade, Meditação, Carma, Sexo, Tantra, Morte, Misticismo)

Vlog Ciência Espiritual é uma playlist do canal de Paulo Stekel no youtube e Facebook dedicada a Ciência, Espiritualidade, Religião, Filosofia, Arte, Cultura e Visão Sistêmica. Comentários sobre livros, artigos e filmes serão comuns neste novo vlog.

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segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A relação Sujeito-Objeto: três abordagens

Por David Loy (Este artigo contém parte do Capítulo 5 do livro Nonduality, intitulado “Pensamento Não-dual”, que está sendo traduzido por Paulo Stekel. Para uma maior compreensão, sugerimos a leitura dos trechos anteriores desta mesma obra já postados aqui: https://stekelblogue.blogspot.com/search/label/David%20Loy)


No Himalaia do pensamento indiano, três cadeias de montanhas se elevam acima do resto: nkhya-Yoga, Budismo e Vedānta. Em vez de argumentar que é assim, vamos considerar por que é assim. O que faz com que esses três sistemas (ou conjuntos de sistemas) se destaquem como os mais importantes? Este breve texto responde a essa pergunta demonstrando o relacionamento deles. O que há de especial nesses três é que eles elaboram as três respostas principais ao problema epistemológico da relação sujeito-objeto - uma questão que é fundamental para qualquer sistema metafísico e é especialmente crucial para qualquer filosofia que pretenda explicar a experiência da iluminação.

O Sankhya-Yoga apresenta o dualismo mais radical possível ao separar completamente sujeito e objeto. A separação entre os dois é tão extrema que, como geralmente é aceito, o sistema falha porque não pode haver comunicação ou cooperação entre eles.

O Budismo Primitivo funde sujeito em objeto. A consciência é algo condicionado, surgindo apenas quando existem certas condições. O eu é apenas uma ilusão criada pela interação dos cinco agregados. O eu encolhe para nada e há apenas um vazio, mas o Vazio não é uma coisa: expressa o fato de que não há absolutamente nada, nada, que possa ser identificado como o eu.

O Advaita Vedanta funde objeto em sujeito. Não há nada externo a Brahman, o Um sem um segundo. Como Brahman é uma consciência não-dual, pode-se dizer que a consciência se expande e abrange todo o universo, que é apenas a aparência de Brahman. Tudo é o Self (Eu). Uma consequência importante disso é que todos temos (ou melhor, somos) o mesmo Eu.

Desses três, apenas o Advaita Vedānta é obviamente uma tentativa de descrever a experiência da não dualidade sujeito-objeto. Com o Budismo, é preciso ter mais cuidado com essa generalização: parece verdade para o Mahāyana, mas não para o Budismo Pali, pelo menos não explicitamente (uma questão à qual voltaremos). No caso do Sānkhya-Yoga, que é inequivocamente dualista, parece não haver fundamento algum para afirmar que é uma tentativa de descrever a experiência não-dual. Mas o Sankhya-Yoga pode ser visto como uma tentativa desse tipo, embora insatisfatória. Aqui é necessário resumir as reivindicações da metafísica Sānkhya, o que nos permitirá ver por que é inadequada.

Sankhya-Yoga

O Sankhya é dualista porque explica a relação sujeito-objeto postulando duas substâncias básicas: purusha, pura consciência imutável e prakriti, o mundo natural que engloba tudo o mais. É significativo que este não seja um dualismo cartesiano: prakriti inclui todos os fenômenos mentais e físicos; o que experimentamos como nossa mente (buddhi) e todos os seus fenômenos mentais também evoluem de prakriti. Tudo o que pode ser experimentado é prakriti. Assim, o purusha é reduzido a um "vidente" puro, que na verdade não faz nada, embora sua presença seja necessária não apenas para que haja consciência, mas também para atuar como um catalisador das evoluções de prakriti. Em nossa condição iludida habitual, não somos capazes de distinguir entre essas duas substâncias. A consciência pura se identifica erroneamente com suas reflexões; isto é, apego-me ao "panorama mental" e ao "corpo" e às suas posses. O purusha é tão atenuado que nem é capaz de perceber a distinção entre si e prakriti. Como no Advaita, é na verdade o buddhi, a parte mais rarefeita de prakriti, que realiza a distinção, com a qual abdica por si só e o purusha é estabelecido em sua própria natureza verdadeira como solitário e independente, observando indiferentemente o mundo natural.

O principal problema é que a polaridade entre purusha e a prakriti é tão grande que eles são incapazes de cooperar. Purusha é tão indiferente e prakriti tão mecânico que eles não podem funcionar juntos. O símile comum para explicar sua interação é o de um homem cego de bom pé, portador de um aleijado de bom olho; mas essa não é uma boa analogia porque, para interagir, os dois homens precisam ter inteligência, enquanto prakriti não. O símile se encaixaria melhor se o aleijado não quisesse ir a lugar algum e assim diz e não faz nada, enquanto o cego literalmente não tem mente nenhuma. Claramente, nesse caso, eles não cooperariam, ainda assim, o Sankhya-Yoga afirma que todo o universo evoluiu a partir da interação decorrente da introdução de purusha a prakriti.

Enquanto o nkhya é um sistema metafísico, o Yoga lida principalmente com o caminho iogue que se segue a fim de alcançar kaivalya, o “isolamento liberado” de purusha. É significativo que não haja nada dentro dos oito membros da prática de yoga antitético (antagônico) ao Vedanta. De fato, o caminho iogue parece se encaixar melhor em uma metafísica advaítica do que em um caminho de Sānkhya. No samādhi, o oitavo e mais alto membro, a mente perde a consciência do ego e se torna um com seu objeto de meditação, mas essa experiência não-dualista pode ser descrita apenas "como se fosse" no Yoga, uma vez que o objetivo final é entendido como a discriminação da consciência pura de todos os objetos com os quais geralmente se identifica. Mas é claro que essa experiência não dual está de acordo muito bem com o objetivo advaítico de "realizar todo o universo como o Eu".

No entanto, o mais interessante é que o purusha, como o jiva do Jainismo e o atman do Vedānta e Nyaya Vaisheshika, é eterno e onipresente; não possui locus específico, mas é onipresente, permeia toda parte. Portanto, o purusha é muito diferente da consciência, como normalmente a entendemos, um "mundo interno" contraposto ao mundo externo. Claramente o Sankhya está longe de capturar a dualidade do senso comum. Que o purusha seja tão vazio de qualquer função - não tem quase nada a fazer exceto ser uma consciência invariável - também é significativo. A esse respeito, é semelhante ao Nirguna a Brahman do Vedānta, que também é desprovido de qualquer atributo em si, ou pode-se caracterizar purusha com o termo budista shunya, como vazio. Mas o fato de que a purificação é onipresente leva a problemas para o Sankhya, uma vez que há supostamente uma infinidade (ou pelo menos um número muito grande) de purushas completamente distintos e não relacionados. Como todos eles podem ocupar o mesmo espaço infinito sem se afetar de alguma maneira? Dado que todos eles são desprovidos de quaisquer atributos, como eles devem ser distinguidos um do outro? Um problema corolário é que cada purificação indiferenciada tem um relacionamento com apenas um buddhi em particular. Além disso, cada purusha liberado, sendo onipresente, deve coexistir com todo o prakriti, mas não ser completamente afetado por ele.

Por essas e outras razões, esse dualismo mais extremo entre sujeito e objeto falha. O fracasso do Sankhya-Yoga, deve-se notar, não é incidental, mas é devido a uma inadequação básica: a dualidade é tão radical que impede qualquer cooperação entre as duas categorias. De acordo com isso, existem duas maneiras de tentar resolver o problema. Poder-se-ia conceber todos os purushas como vários reflexos de uma consciência unificada e considerar prakriti como outro aspecto ou manifestação dessa consciência. Ou, dada a falta de função de purusha, se poderia eliminá-lo completamente e incorporar a consciência em prakriti. Qualquer solução, é claro, transforma o Sankhya em um sistema completamente diferente, porque o dualismo raiz foi abandonado. A primeira alternativa faz donkhya o monismo védico, e a segunda o transforma no pluralismo do anatman do budismo pali. Se, como alguns estudiosos acreditam, o Sankhya é o sistema metafísico indiano mais antigo, isso pode ter sido o que aconteceu historicamente: quando seu dualismo passou a ser reconhecido como uma descrição insatisfatória da experiência de iluminação, a filosofia indiana desenvolveu as alternativas diametralmente opostas do Vedānta e do budismo.

Budismo

A natureza do nirvana é o maior problema da filosofia budista, provavelmente porque o próprio Buda se recusou a especular sobre ele. A atitude dele era, de fato, que, se você quer saber o que é o nirvana, deve alcançá-lo. Mas, claramente, o nirvana não envolve o isolamento de uma consciência pura semelhante a um Sankhya, porque não existe tal coisa no budismo. A característica única do budismo é que não existe um eu, e nunca existiu; existem apenas cinco skandhas, agregados ou "montes" de elementos que interagem constantemente. Esses skandhas não constituem um eu; o sentido de um eu é meramente uma ilusão criada por sua interação. O Buda enfatizou que não devemos identificar nada como o eu.

Assim, o nirvana provavelmente é melhor caracterizado como a percepção de que não existe um eu: embora isso por si só não seja de muita ajuda, porque o que isso significa - o que há que percebe isso - ainda não está claro. O Buda agravou o mistério enfatizando que o nirvana não é aniquilação nem vida eterna. Claramente, isso é necessário, pois nunca houve um eu a ser destruído ou a viver eternamente, mas é confuso na medida em que nosso pensamento tende a dicotomizar-se naturalmente.

No entanto, existem algumas passagens no Canon Pali que aparentemente contradizem a interpretação usual do Theravada. No Kevada Sutta (Digha-Nikāya), por exemplo, o Buda diz que o nome e a forma são totalmente destruídos "onde a consciência é sem sinal, sem limites e totalmente luminosa." O Anguttara- Nikaya 1.6 alega que “Essa mente (citta) é luminosa, mas é contaminada por contaminações adventícias”. Essa distinção entre nossa consciência condicionada habitual e uma consciência totalmente luminosa parece inconsistente com a visão comum no budismo primitivo de que a consciência é o resultado de condições e não surge sem essas condições. Escusado será dizer que está muito de acordo com a posição Vedantina em relação ao “auto-luminoso” Brahman. No Brahmanimantanika Sutta (Majjhima-Nikaya), o Buda critica a ideia de um Brahma onipotente, mas é significativo que, dentro do Canon pali, não haja contradição expressa ou mesmo reconhecimento da teoria Vedantina de atman ou Brahman como a única realidade última.

Também é significativo que a mesma controvérsia entre o budismo primitivo e o Vedānta seja encontrada internamente no budismo. O Abhidharma, o ramo filosófico do budismo primitivo, analisou a realidade em um conjunto de dharmas discretos cuja interação cria a ilusão de um eu. O nirvana no budismo pali parece ter sido entendido como a cessação da cooperação entre esses vários dharmas, levando ao isolamento inativo um do outro. Como a consciência é condicionada, existindo apenas como resultado de sua interação, isso parece ser a cessação de toda consciência também. Mas, na medida em que se acredita que esses dharmas existem objetivamente, tal visão pode ser criticada como ontologicamente desigual; embora o eu tenha sido analisado, a realidade do mundo como objetivo não foi afetada. No entanto, a eliminação da consciência requer uma redefinição do que significa algo existir. O que resta deve de alguma forma incorporar a consciência (ou o que entendemos como consciência) dentro de si. Nossa compreensão dualista usual do objeto que se confronta a si mesmo pode ser comparada a uma escala que equilibra dois pesos; um peso não pode ser removido sem afetar o outro lado da balança. Um princípio básico deste texto é que não podemos mudar um polo de qualquer dualidade sem transformar o outro da mesma forma. Não é possível desconstruir metade da dualidade consciência/matéria, simplesmente absorvendo-a na outra metade não reconstruída. Se negamos a mente como uma categoria ontológica, devemos redefinir a matéria como diferente de algo inerte e encontrar o que entendemos como mente dentro dela.

O Mahāyana aceitou a teoria dos dharmas - um ponto importante muitas vezes esquecido - mas não a realidade objetiva deles. Ele expandiu a negação do eu (pudgalanairātmya) em uma negação da realidade dos dharmas (dharmanairātmya) porque todos os dharmas são relativos e, portanto, shunya. Existe uma verdade absoluta, mais alta (paramārtha), que não pode ser descrita (de acordo com a Mādhyamika), mas que (de acordo com a Yogācāra) se aproxima da consciência não dual sem atributos do Advaita Vedānta. A relação entre a Mādhyamika e a Yogācāra, os dois principais sistemas filosóficos do Mahāyana, é de considerável relevância para este trabalho. Diferenças significativas e insolúveis entre eles constituiriam um desafio à nossa defesa de uma doutrina básica da não-dualidade. Portanto, vale ressaltar que o peso da opinião acadêmica favorece a visão de que eles se complementam muito mais do que se contradizem. Sobre esse assunto, vale a pena citar três dos maiores estudiosos ocidentais do budismo do século XX. Primeiro, Guiseppe Tucci, talvez o principal estudante do budismo tibetano:

Diz-se geralmente que o Mahāyana pode ser dividido em duas escolas fundamentais, a saber, Mādhyamika e Yogācāra. Esta declaração não deve ser tomada literalmente. Antes de tudo, não é exato afirmar que essas duas tendências sempre se opuseram. Além disso... o antagonismo entre a Mādhyamika e os primeiros expositores da escola idealista como Maitreya, Asanga e até Vasubandhu não é tão acentuado como parece à primeira vista... O fato é que tanto Nagarjuna quanto Maitreya, juntamente com seus discípulos imediatos, reconheceram os mesmos princípios fundamentais, e seu trabalho foi determinado pelos mesmos ideais, embora mantendo visões bastante diferentes em muitos detalhes.

O tradutor e expositor do Prajñaparamita, Edward Conze, desenvolve essa visão explicando sua diferença de perspectiva:

Mādhyamikas e Yogācārins se complementam. Eles entram em conflito muito raramente, e a poderosa escola dos Mādhyamika-Yogācārins demonstrou que suas ideias poderiam existir em harmonia. Eles diferem no fato de abordarem a salvação por duas estradas diferentes. Para os Mādhyamikas, “sabedoria” é tudo e eles têm muito pouco a dizer sobre dhyana, enquanto os Yogācārins dão mais peso à experiência do “transe”. Os primeiros aniquilam o mundo por uma análise implacável que se desenvolve a partir da tradição Abhidharma. Os últimos efetuam uma retirada igualmente implacável de tudo pelo método tradicional de transe.

Edward J. Thomas concorda com Conze:

Enquanto a escola de Nagarjuna começou do ponto de vista lógico e mostrou a impossibilidade de se fazer qualquer afirmação livre de contradições, o Lankāvatāra [segundo o escritor “o principal texto canônico da doutrina do idealismo subjetivo] começou do ponto de vista psicológico e encontrou uma base positiva na experiência real.

Por último, mas não menos importante, o testemunho histórico do próprio budismo, em particular o fato aludido por Conze de que o debate entre a Mādhyamika e a Yogācāra eventualmente levou à sua síntese na escola Mādhyamika- Yogācāra de Shantarakshita e Kamalashila. Se lembrarmos que ambos os sistemas não eram apenas filosofias, mas tinham principalmente uma função soteriológica - isto é, deveriam ser caminhos de liberação -, então o contraste entre os pontos de vista d a Mādhyamika e da Yogācāra se torna compreensível como diferenças de perspectiva. A Mādhyamika enfatiza que a realidade é shunya no sentido de “vazio de predicação”. Não se pode dizer nada sobre a realidade porque isso seria sobrepor o conceito à percepção. Isso não equivale a uma afirmação de não dualidade, porque, ao se limitar a uma crítica negativa a todas as dualidades, a Mādhyamika não faz reivindicações positivas. O ponto importante é que isso parece ser feito a fim de abrir caminho para a experiência que descrevemos como não-dual. Essa experiência deve ser distinguida de quaisquer reivindicações - ontológicas, epistemológicas ou outras - feitas com base nela, pois, da perspectiva da Mādhyamika, qualquer afirmação desse tipo seria uma tentativa savikalpa de determinar a percepção nirvikalpa nua.

O conflito com a Yogācāra surge quando os Yogācārins chamam essa percepção de “mente” (ou “consciência”: vijñana). Isso não significa que a Yogācāra seja um “idealismo subjetivo”, como Thomas e outros (incluindo Shankara) entenderam que era. Em vez de o mundo ser a projeção de um ego subjetivo, a aparente distinção entre sujeito e objeto é aquela que surge (ou parece surgir) dentro da mente transcendental (vijñanaptimatrata) - uma visão consistente com nossa doutrina básica da não-dualidade. O idealismo subjetivo não pode ser encontrado em nenhum lugar do budismo, nem vejo como ele poderia existir, dada a aceitação comum de todas as escolas budistas de anatman, que nega qualquer eu ontológico. A Mādhyamika naturalmente critica a Yogācāra por tentar colocar um rótulo na realidade ("mente") e dialeticamente critica o termo, mostrando que é relativo e, portanto, ilusório. Mas tudo isso não refuta a alegação da Yogācāra, que é simples não dualidade. Quando as delusões desaparecem e eu experimento a realidade, a consciência que está ciente do mundo e o próprio mundo não são distinguíveis. Nesse momento, tudo o que é experimentado sou eu mesmo, e por esse motivo pode ser chamado de "minha mente".

Aqui a diferença entre o ponto de vista lógico e o psicológico é crucial, como Conze e Thomas apontaram. Embora o objetivo da Mādhyamika seja transcender o intelecto, seu caminho ainda é intelectual. A mente conceitual é superada esgotando-a - isto é, negando todas as possibilidades conceituais. Somente com isso o salto para prajña ocorre. A Yogācāra, como o próprio nome sugere, é uma abordagem mais meditativa. O objetivo do sistema não é provar a existência da mente transcendental, mas iniciar o praticante na experiência dela, que ocorreu no samādhi. Portanto, os iogues não precisavam temer o conceito de "mente", pois sua prática meditativa os impedia de confundir esses rótulos com a própria realidade; enquanto a Mādhyamika a, o caminho lógico de esgotar todos os conceitos, não podia tolerá-lo. Portanto, a diferença entre essas duas perspectivas filosóficas, em última análise, deriva de suas diferentes abordagens soteriológicas e não se estende à experiência não-dual para a qual ambas apontam.

A reconciliação Mādhyamika de impermanência com imutabilidade, e de todas as condicionalidades com a não-causalidade é equivalente à relação entre as naturezas paratantra e paranishpanna. Uma discussão mais aprofundada sobre o debate histórico entre a Mādhyamika e a Yogācāra está além do escopo deste trabalho.

Advaita Vedanta

O Advaita Vedānta de Shankara é geralmente considerado como tendo melhor desenvolvido e sistematizado a principal vertente do pensamento upanixádico, que enfatiza a identidade de Atman e Brahman. Brahman é uma consciência infinita e auto-luminosa que transcende a dualidade sujeito-objeto. Como “a Testemunha” (sakshin), é aquilo que não pode ser transformado em objeto. Inqualificável e abrangente, talvez a característica mais significativa seja o fato de ser "um sem segundo", pois não há nada fora dele. Portanto, Atman - o verdadeiro Eu, o que cada um de nós realmente é - é um com este Brahman. Tat tvam asi: “Isso és tu.” Isso é “Tudo-Eu”:

... não há mais nada além do Eu.

Realizar todo o universo como o Eu é o meio de se livrar da escravidão.

Para o vidente, todas as coisas realmente se tornaram o Ser.

Quem já realizou e conheceu intimamente o Ser, tudo é o seu Ser, e ele, novamente, é de fato o Ser de todos.

Portanto, o homem não deve ser entendido como um eu distinto que se funde com Brahman. Realizar Atman é realizar Brahman, porque eles são realmente a mesma coisa. Pode-se afirmar, em resposta aos budistas, que uma consciência do eu é necessária para organizar a experiência, mas que acaba sendo Brahman em si, uma vez que Brahman é percebido - isto é, quando Brahman percebe sua própria natureza verdadeira. O mundo das diferenças e das mudanças é maya, ilusão; não há nada além do Eu todo-inclusivo (que deve de alguma forma incorporar a maya). No entanto, isso parece estranho, uma vez que o conceito de um eu parece pressupor um outro, um não-eu do qual ele se distingue - um ponto ao qual retornaremos mais tarde. Portanto, talvez o termo Atman deva ser rejeitado como supérfluo, porque sugere outra entidade à parte de Brahman. No entanto, os dois termos cumprem uma função, uma vez que enfatizam aspectos diferentes do Absoluto: Brahman, que é a realidade última como o fundamento de todo o universo; Atman, que é a minha verdadeira natureza.

Para Shankara, moksha, libertação, é a percepção de que eu sou e sempre fui Brahman. Meu ego-consciência individual evapora ou é percebido como uma ilusão, mas não a consciência pura e não dual da qual sempre foi apenas um reflexo. Deve ser enfatizado que eu não alcanço ou me fundo com este Brahman; apenas percebo que sempre fui Brahman. Shankara usa a analogia do espaço dentro de um frasco fechado: esse espaço sempre foi um com todo o espaço; existe apenas a ilusão de separação. O fato de não haver realmente nada a atingir se torna ainda mais significativo quando lembramos que o mesmo se aplica ao Sankhya-Yoga e ao budismo: por mais que se possa caracterizar, a verdadeira natureza de uma pessoa sempre foi pura e sem manchas. O purusha do nkhya é um vidente indiferente, que sempre esteve apenas observando, não afetado pela dor ou pelo prazer. No budismo, nunca houve um eu; sempre foi apenas uma ilusão.

No entanto, assim como há passagens na Canon Pali que parecem védicas, também há passagens nos Upanishades que, a princípio, parecem budistas. Talvez a mais famosa seja a instrução de Yajñavalkya a sua esposa Maitreyi, no Brihadaranyaka: “Surgindo desses elementos (bhuta), neles também desaparecemos. Depois da morte, não há consciência (ne pretya samjñata’sti). Maitreyi fica impressionada com isso, então Yaavalkya explica isso na passagem bem conhecida sobre não dualidade:

Pois onde há uma dualidade, por assim dizer, um vê outro... Mas quando, na verdade, tudo se tornou apenas o próprio eu, então o que se podia ver e através do quê? ... Através do que se poderia saber aquilo devido a que tudo isso é conhecido? Então, através do que alguém poderia entender o Entendedor? Esse eu... é imperceptível, pois nunca é percebido.

Em seu comentário, Shankara interpreta essa passagem como significando que, quando se realiza Brahman, não há mais consciência particular ou dualista. Mas talvez haja o mesmo problema com a consciência e com o eu. Assim como nosso conceito de eu normalmente pressupõe um não-eu, a consciência geralmente é entendida como exigindo um objeto. De fato, é muito difícil conceber o que poderia ser a consciência sem um objeto, um problema que é, obviamente, o cerne da questão. Em inglês, por exemplo, todos os verbos para consciência são normalmente intencionais, exigindo sujeitos e objetos ("Estou consciente de...", "Você está ciente de...", sabe que aquilo...). O Advaita não nega que nosso "Eu-consciência" normal seja intencional: "Não há manifestação do ‘eu’ sem uma modificação da mente direcionada para o externo" (Sureshvara).291 A afirmação do Advaita é antes que apenas a consciência pura que é Brahman é auto-luminosa e não-dual. Mas se existe consciência não-dual sem um “eu” que a possua, e sem um objeto de que “eu estou ciente”, isso ainda pode ser chamado de consciência? Talvez uma resposta, sim ou não, possa ser justificada, o que sugere que a diferença entre esses pontos de vista opostos pode ser meramente linguística.

As semelhanças entre o budismo Mahāyana e o Advaita Vedānta são tão grandes que alguns comentaristas pensam que os dois não são realmente distintos um do outro.

O budismo e o Vedānta não devem ser vistos como dois sistemas opostos, mas apenas como estágios diferentes no desenvolvimento do mesmo pensamento central que começa com os Upanixades, encontra seu apoio indireto em Buda, sua elaboração no budismo Mahāyana, seu reavivamento aberto em Gaudapāda, que atinge o auge em Shankara e culmina nos pós-Shankaritas.

No que diz respeito às semelhanças entre o budismo e o Vedānta, são tantas e tão fortes que, em nenhum momento da imaginação, podem ser negadas ou explicadas de outra maneira. No que diz respeito às diferenças, essas são poucas e principalmente não são vitais. A maioria delas repousa sobre um grave mal-entendido dos budistas. (Chandradhar Sharma)

Surendranath Dasgupta concorda na conclusão de seu estudo do sistema de Shankara:

Seu Brahman era muito parecido com o shunya de Nagarjuna. É realmente difícil distinguir entre ser puro e puro não ser como uma categoria. As dívidas de Shankara à auto-luminosidade do budismo Vijñanavada dificilmente podem ser superestimadas... Sou levado a pensar que a filosofia de Shankara é amplamente um composto do budismo Vijñanavada e Shunyada com a noção Upanixádica de permanência do eu superadicionado.

Lalmani Joshi também defende isso:

No Agamashastra [de Gaudapāda], encontramos um esforço para sintetizar e promover uma concordância entre o budismo Mahāyana e o Advaita Vedanta. Nesse esforço, parece ter entrado no Vedanta certos princípios básicos da filosofia Mahāyana, e o resultado foi o Vedanta não-dualista de Shankara.

... A transformação do Advaita em Vedānta, em e depois de Gaudapada, pode ser razoavelmente e satisfatoriamente explicada apenas pelo reconhecimento da dívida de Gaudapada e Shankara aos sistemas Mādhyamika e Vijñanavada de pensamento.

A objetividade dessa conclusão é apoiada pelas diferentes simpatias de seus proponentes: Sharma é um Advaitin, Dasgupta é um crítico hindu de Shankara, e Joshi é simpático ao budismo.

É inegável que Shankara foi muito influenciado pela dialética Mādhyamika, que ele empregou em suas próprias críticas a outros sistemas. Mas as semelhanças são muito mais profundas, na medida em que a condenação bastante estridente de Shankara ao budismo começa a soar como uma briga de família entre dois irmãos - cujos argumentos costumam ser os mais violentos.

As doutrinas budistas da não-originação (ajātivāda), do mundo fenomenal como ilusão ou mera aparência (mayavada), da dupla divisão da verdade em suprema (paramārtha) e temporal (vyavahāra) e da Realidade (tattva) sem atributos (nirguna) e além da descrição quádrupla, se tornaram tão completamente Vedantinas que suas origens quase foram esquecidas.

A principal crítica de Shankara à Mādhyamika, de que ela apoia o niilismo, certamente perde o ponto das negações de Nagarjuna, que é o salto não-conceitual para prajña que ocorre como consequência de negar prapañca. Como T. R. V. Murti coloca, Nagarjuna não nega a Realidade, ele simplesmente nega todas as visões sobre a Realidade. A única diferença é que a Mādhyamika condena até a consciência como irreal; mas já argumentei que isso é ego-consciência relativa - isto é, consciência dualista à parte do seu objeto - e não o que poderia ser chamado de consciência não-dual. De acordo com Sharma, tampouco existem diferenças significativas entre Vedānta e Yogacāra, que Shankara admite ter influenciado profundamente o professor de seu professor, Gaudapada.

Concluindo, vimos por que Sankhya-Yoga, Budismo e Advaita Vedānta são os sistemas preeminentes da filosofia indiana: porque eles elaboram as três soluções possíveis para o problema colocado pela relação sujeito-objeto. O nkhya-Yoga é o dualismo mais radical possível. O Budismo nega o eu completamente, fundindo-o no objeto, que é dissolvido criticamente em elementos-dharmas. Por outro lado, o Advaita nega completamente o objeto, pois “não há mais nada além do Eu”. Depois de refutar o extremo dualismo donkhya, ficamos com o Budismo e o Vedānta, cujas soluções para o problema do sujeito-objeto parecem ser diametralmente opostas. Mas também sugerimos sua compatibilidade. Percebemos alguns elementos Vedânticos no budismo e (apesar das reivindicações de muitos estudiosos indianos, que querem ver o budismo como uma ramificação do hinduísmo) a influência budista muito mais forte sobre o Vedānta. E citamos as opiniões de vários estudiosos proeminentes que argumentam por sua afinidade, de fato, às vezes, por sua identidade.


Sobre o autor

David Robert Loy é professor da Faculdade de Estudos Internacionais da Universidade de Bunkyo, Japão. Ele estuda Zen há mais de vinte e cinco anos e é um professor Zen qualificado. Ele é o autor de "Falta e Transcendência: O Problema da Morte e da Vida em Psicoterapia, Existencialismo e Budismo" [Lack and Transcendence: The Problem of Death and Life in Psychotherapy, Existentialism, and Buddhism] e "Não-dualidade: Um Estudo em Filosofia Comparada" [Nonduality: A Study in Comparative Philosophy], além de vários artigos. (www.davidloy.org)